Aclamado drama húngaro sobre o Holocausto choca com terror


O drama de guerra húngaro Son of Saul foi o longa-metragem mais falado do último Festival de Cannes. Levou o prêmio da crítica e o Grand Prix —e só não ganhou a Palma de Ouro porque o júri liderado pelos irmãos Coen preferiu apostar no tema da imigração de "Dheepan - O Refúgio".

Mas certamente o filme de László Nemes terá mais chances de consagração: foi escolhido pela Hungria para tentar uma vaga na categoria de melhor filme de língua estrangeira no Oscar 2016.

E aposto que chegará como favorito. A começar pelo tema do Holocausto, que bate forte em Hollywood. E pela escolha de apresentação desse tema, explorado quase à exaustão pelo cinema.

Nemes encapsula 36 horas de Saul Ausländer (Géza Röhrig), um judeu húngaro do Sonderkommando, prisioneiros com tratamento "especial" que cuidavam do dia a dia de Auschwitz, em longos planos sequência projetados em proporção 1:33 (um quadrado no centro da tela).

Esse Instagram do terror é uma das experiências mais brutais e claustrofóbicas que o cinema já proporcionou. Durante a busca de Saul por uma maneira de enterrar o filho que foi morto na câmara de gás, somos inundados por sons.

ASSISTA AO TRAILER DE "SON OF SAUL"


Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais