Descrição de chapéu Crítica
Cinema

Com piadas e personagens ruins, 'Creed 2' é cópia insípida de 'Rocky 4'

Na sequência, Adonis Creed é desafiado por Viktor Drago, filho do lutador que matou seu pai

São Paulo

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Creed 2

  • Classificação 12 anos
  • Elenco Michael B. Jordan, Sylvester Stallone e Tessa Thompson
  • Produção EUA, 2018. 129 min
  • Direção Steven Caple Jr.

Em 2006, “Rocky Balboa” trouxe Sylvester Stallone, aos 60, interpretando pela sexta vez no cinema o pugilista que se tornou seu personagem eterno. Tão eterno que, em 2015, ressurgiu em “Creed: Nascido para Lutar” (2015).

Aí não dava mais para Balboa calçar as luvas. Stallone estava quase setentão. Então veio a ideia de torná-lo treinador de Adonis Creed, filho do ex-campeão Apollo Creed, rival de Balboa em “Rocky" (1976) e “Rocky 2” (1979).

Agora, provando a incrível atração que a combinação Stallone + ringue provoca no público, “Creed 2” estreia e vai bem nas bilheterias americanas. É praticamente uma refilmagem do mais bem-sucedido exemplar da franquia original, “Rocky 4” (1985).

Naquele filme, um aposentado Balboa concorda em treinar Apollo, que após os duelos se transformara em seu melhor amigo. Apollo aceita o desafio do soviético Ivan Drago, interpretado pelo sueco Dolph Lundgren.

O gigante loiro bate pesado e Apollo morre na luta. Para vingar o amigo, Balboa volta a treinar e vai até Moscou enfrentar Drago. Não só vence como ganha adoração dos soviéticos.

Em “Creed 2”, quem desafia o campeão mundial Adonis é Viktor Drago, filho do lutador que matou seu pai. Creed perde a luta, e o drama é se ele vai ou não vencer uma revanche na Rússia. Para isso, Balboa o treinará com um programa espartano.

Quem curte a franquia vai se divertir com a cara de pau de Stallone ao repetir o filme original. Mas o espectador que está chegando agora ao universo “Rocky” pode gostar.

E a fórmula se repete também na insuportável filosofia de Balboa, em discursos toscos nos quais tenta passar suas lições de vida ao garoto Creed. Stallone está péssimo, claro, e o jovem sarado Michel B. Jordan não tem o que fazer a não ser mostrar o físico.

 

Fora do ringue, piadas sem graça, o estapafúrdio personagem da companheira de Creed, uma cantora com problemas de surdez, e a tensão nos encontros dos treinadores.

Para os jovens, “Creed 2” pode ser um passatempo insípido. Para os mais velhos, vai dar vontade de rever “Rocky 4”, que é muito melhor.

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