Cinéfilos verão versão diferente de 'Wasp Network', de Olivier Assayas, na 43ª Mostra

Filme com Wagner Moura e Penelope Cruz foi remontado após exibição em Veneza

São Paulo

Nos anos 1990, cubanos radicados na Flórida minavam o governo de Fidel Castro por meio de ações terroristas na ilha. Em resposta, defensores do socialismo em Cuba se infiltraram no grupo,
sabotando-o.

A história, exposta em detalhes por Fernando Morais no livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, tinha potencial para virar filme, e o produtor brasileiro Rodrigo Teixeira notou isso. Chamou o francês Olivier Assayas para dirigir e, com um elenco que inclui Penélope Cruz, Gael García Bernal e Wagner Moura, fez nascer “Wasp Network”— o filme que abre a 43ª Mostra Internacional de Cinema.

Unindo suspense, ação e drama psicológico, o filme disputou o Leão de Ouro no último Festival de Veneza. Mas o longa visto no Lido era por vezes confuso, e muita gente teve dificuldade para entender parte da trama.

O próprio Assayas reconheceu que o filme precisava de reparos. Melhor para os paulistanos: a versão exibida na Mostra trará trechos remontados pelo diretor.

Mas o filme também tinha partes ótimas, e tomara que Assayas as tenha mantido —a sequência em que um rapaz planta bombas em hotéis de Havana fariam inveja a Hitchcock. Ali, o francês mostra o mesmo vigor das melhores cenas da série “Carlos”.

Dias 18, às 16h30 (Cinearte 1); 20, às 21h15 (Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca 1); e 26, às 21h15 (Cinesesc).

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