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Cinema

Entre porradas e piadas, novo 'Bad Boys' é um filmeco sem surpresas

Will Smith e Martin Lawrence retornam ao universo criado por Michael Bay

Bad Boys para Sempre

  • Classificação 16 anos
  • Elenco Will Smith, Martin Lawrence, Vanessa Hudgens e Alexander Ludwig
  • Produção EUA/México, 2020. 124 min.
  • Direção Adil El Arbi e Bilall Fallah

Espremer a laranja até restar apenas um bagaço. Há tempos essa lei impera em Hollywood, por isso não surpreende a volta de Will Smith a uma de suas franquias de sucesso, “Bad Boys”.

O filme original é de 1995, seguido por outro em 2003, ambos dirigidos por Michael Bay, nome por trás de sucessos de massa como “Transformers”. Agora, quem assume o comando é a dupla Adil el Arbi e Billal Fallah, diretores de produtos ligados à cultura hip-hop.

“Bad Boys para Sempre” já veio com os personagens e a trama limitados ao universo criado por Bay. E, ao que parece, quem dirigiu de verdade, ou pelo menos tomou as decisões mais importantes no set, foi Will Smith.

A dupla de protagonistas é um clichê. Smith é Mike Lowrey, considerado um herói em Miami por suas capacidades como policial, superadas apenas pelo tamanho de seu ego. Seu parceiro, Marcus Burnett, é interpretado por Martin Lawrence. Mais baixo e gordinho, o boa-praça é um freio para o parceiro marrento.

Neste terceiro filme, Marcus se torna avô e pensa em se aposentar. Seu colega continua a saga policial, sendo chamado de “Mike à prova de balas”. No entanto, no início da narrativa ele é alvejado por um motociclista misterioso.

Quando deixa o hospital, ele encontra a cidade sob uma série de assassinatos de delegados, juízes e policiais. Logo fica claro que os mortos estão relacionados a uma operação na Cidade do México, da qual Mike fez parte como agente infiltrado, e desde então está na lista do matador. Ele vai convencer Marcus a voltar para ajudá-lo nessa última missão.

“Bad Boys para Sempre” tem cenas espetaculares, mas isso é o mínimo esperado de uma produção endinheirada. Os personagens são rasos. Quando o roteiro tenta incluir passagens intimistas, os diálogos são ginasianos.

Smith está fora de controle. Tudo é exagerado, com reações furiosas e falta de veracidade nas sequências de ação. O melhor são os vilões, verdadeiras encarnações do mal. Quem quer se vingar de Mike é uma traficante com fama de bruxa e seu filho, uma máquina de matar.

Entre porradas de Will Smith e piadas de Martin Lawrence, “Bad Boys” aponta para um quarto longa. Provavelmente mais um filmeco como este, sem surpresas.

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