Autora de livros como "Antes do Baile Verde", "As Meninas" e "Seminário dos Ratos", a escritora Lygia Fagundes Telles completa 97 anos em abril. Em sua carreira, que inclui o prêmio Camões, quatro prêmios Jabuti e o status de imortal da Academia Brasileira de Letras, ela não se restringiu à literatura.
Lygia chegou a assumir, em 1977, a presidência da Cinemateca Brasileira, fundada em 1940 por seu marido, Paulo Emílio Sales Gomes, que morreu naquele mesmo 1977.
Após um permanecer fechada para manutenção e recesso desde dezembro, a instituição retorna em 2020 com uma mostra em homenagem à escritora. Intitulado "Carta Branca a Lygia Fagundes Telles", o evento ocorre desta quinta-feira (13) até o dia 23/2 e reúne 14 filmes.
A curadoria abarca sobretudo clássicos internacionais. Logo no primeiro dia há sessões de "Cantando na Chuva" (1952), às 19h, e "Cidadão Kane" (1941), às 21h. Expoentes do cinema novo também ganham espaço. É o caso de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), de Glauber Rocha.
Além da programação na sala BNDES, dois longas ganham projeção ao ar livre: "Acossado" (1960), de Jean-Luc Godard, em 15/2, e "O Leopardo" (1963), de Luchino Visconti, no último dia de encerramento. Ambos são em formato 35 mm, assim como "Ganga Bruta" (1933), de Humberto Mauro, com sessão no espaço interno em 22/2.
As entradas são gratuitas e os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência.
Cinemateca Brasileira - Lgo. Sen. Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, tel. 3512-6111. De qui. (13) até 23/2. Confira a programação completa em cinemateca.org.br/carta-branca-a-lygia-fagundes-telles. Grátis.
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