Mesmo que no finzinho do ano passado já se ouvisse falar do surgimento de um novo vírus do outro lado do mundo, ninguém poderia imaginar que as palavras mais repetidas de 2020 seriam: lave as mãos, passe álcool em gel, vista a máscara e —a campeã de todas— fique em casa.
Foram meses de incertezas e, principalmente, de adaptações. Acostumados com a efervescência da capital, os paulistanos tiveram que trocar a muvuca dos shows por lives, os cinemas pelo streaming e a cervejinha da happy hour por drinques engarrafados pedidos pelo celular.
No mundo da literatura, eventos famosos como a Bienal de São Paulo e a Flip também foram adaptados para o virtual. A seguir, confira cinco deles que deram certo.
Balada Literária
O evento homenageou a poeta Geni Guimarães, com participação de Conceição Evaristo, Zezé Motta e Ricardo Aleixo. Destacou também os trabalhadores da cultura, que viviam momento de enorme indefinição naquele setembro.
Bienal de São Paulo
O evento literário de maior porte do país decidiu de última hora manter uma versão virtual e convocou nomes populares como Nélida Piñon, que discorreu sobre sua amiga Clarice Lispector.
Fliaraxá
O festival mineiro ampliou a escala das boas palestras que realiza há nove anos. A edição de outubro, com uma homenagem à lusofonia, trouxe Valter Hugo Mãe, Mia Couto, Gonçalo Tavares, José Eduardo Agualusa, a colunista da Folha Djamila Ribeiro e grande elenco na programação.
Flip
A mais prestigiada das festas literárias manteve o alto nível das discussões e a inspiração na seleção de autores compatíveis para os encontros, com destaque para Bernardine Evaristo, Caetano Veloso, Paul B. Preciado, Eileen Myles e Itamar Vieira Junior.
Flup
A festa literária das periferias aproveitou novos apoios institucionais para trazer nomes de fora do Brasil como o filósofo camaronês Achille Mbembe e a ex-deputada espanhola Rita Bosaho, além de homenagear Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez.
12h25
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