Degustação de vinhos, queijos e carnes aquecem o sábado de frio do Taste Festival

Garoas intermitentes e vento gelado não intimidaram o público do evento, que buscou o Fasano e o Mocotó

São Paulo

A queda brusca de temperatura que atingiu São Paulo neste sábado (26) não foi um obstáculo ao público do Taste Festival.

Publico no evento de gastronomia Taste Festival, que acontece neste final de semana no Parque Villa Lobos - Folhapress

Apesar do evento, feito ao ar livre, contar com um público menor que o esperado para a data —tradicionalmente o dia da semana mais cheio—, as pessoas que frequentaram a festa gourmet protagonizaram um bom número de filas.

O que não impediu alguns de reclamar. As tradicionais exclamações de raiva com a garoa, que ia e voltava durante o dia, foram as únicas intempéries ouvidas entre os quiosques, que se mantinham abastecidos com regularidade. O vento cortante serviu como estímulo para se comer mais.

Ainda assim, quem apareceu manteve o alto nível de exigência que tornou o festival popular. Prova disso é que as ativações ao centro do espaço, no Parque Villa-Lobos, foram os mais prejudicados pelo clima.

Às 15h30, por exemplo, apenas uma roda tímida de pessoas parou para ouvir o baterista Bruno Kioshi no palco Claro Música.

As aulas dos chefs, por sua vez, se mantiveram aquecidas pelo calor da procura dos visitantes. No estande do Santander, por exemplo, era possível ver sentado a aula do ex-MasterChef Raúl Lemos há cinco minutos do início. Mas não havia um espaço vazio nos bancos disponibilizados quando o influenciador começou a mostrar os pratos.

O mesmo aconteceu no espaço Papo de Cozinha by Electrolux, dedicado a aulas de gastronomia temáticas. A apresentação de Seidi Nissi e Cínthia Zhu acumulou até alguns curiosos nos entornos, que viram famílias botarem a mão na massa para cozinhar deliciosos bolinhos de arroz e panquecas de bacon.

Enquanto os pequenos eram movidos pela inspiração nos animes de "Naruto" e "Demon Slayer", os adultos adoraram se aquecer com os forninhos disponibilizados.

Nos entornos, os campeões de audiência da vez foram o Fasano e o Mocotó, muito populares e por isso mesmo confiáveis aos olhos dos visitantes. O primeiro bombou em especial pelas carnes.

Um display com carnes no espeto, aquecida com blocos de carvão, chamava a atenção do público à degustação de pratos no quiosque ao lado.

Mas os quitutes do cardápio do Fasano eram o grande sucesso da vez. Afinal, que concorrente poderia bater de frente com a costela do restaurante, servida derretendo e acompanha de purê de queijo?

O prato era o mais pedido desde a abertura do espaço no dia, mas a foccacia também exigia fornadas extras da cozinha. Uma refeição ótima para os degustadores, em especial porque a massa, hidratada com cerveja na noite anterior, alimentava sem estufar.

O Mocotó, enquanto isso, atraía passantes com dois pratos servidos em tigelas. O baianinho deliciava o público com a combinação de brioche de mandioca, carne-de-fumeiro artesanal, salsa tostada, picles de cebola-roxa e coentro —fora o requeijão vindo diretamente da Fazenda Atalaia.

A fila também exigiu bastante da cozinha o tradicional baião-de-dois, que encantava o público do Mocotó com sua combinação de purê de mandioca, abóbora assada com chili, carne-de-sol e uma pipoca feita de queijo coalho.

Mas o maior vencedor do último sábado de Taste Festival foi mesmo o vinho. O wine bar do evento era o estande mais cheio do festival, com degustadores ávidos pelos tintos oferecidos. Taças de
Erminia Perini e Cabernet Sauvignon, ambos da safra de 2021, eram pedidos ininterruptamente.

Quem se deu bem nessa história foi o estande da Tirolez. Os queijos do espaço, localizado em frente ao wine bar, viraram parada obrigatória aos visitantes que procuravam um vinho de qualidade. Nada mais equilibrado que um queijo brie cremosíssimo e uma taça de vinho tinto escolhida a dedo para se aquecer no frio.

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