Quinta-feira vira dia de happy hour e faz bares e restaurantes de SP criarem opções especiais

Para o setor, tendência pode se cristalizar mesmo no caso da sexta-feira voltar a ser dia de trabalho presencial

São Paulo

Antes uma instituição das sextas-feiras, o happy hour encontrou nas quintas um novo dia cativo. O movimento é reflexo da adoção do home office às sextas em muitas empresas —que fez do dia anterior o último presencial na semana de trabalho. Isso tem transformado a paisagem de bares e restaurantes da capital paulista.

Movimento do público durante o happy hour de quinta-feira no bar Pasquim na Vila Madalena. - Gabriel Cabral/Folhapress

De acordo com Elisson Dias, sócio do Pasquim Bar e Prosa, no bairro da Vila Madalena, o hábito criou novas demandas."Quinta era um dia morto, mas agora o público mudou. As quintas têm um perfil mais corporativo e que vai até mais tarde, enquanto a sexta tem mais famílias, casais e grupos de amigos que se programam para sair", afirma Dias.

No caso dos restaurantes Notiê e Abaru, na região central da cidade, o movimento das quintas-feiras já chega a rivalizar com o do fim de semana."Os dados dos últimos seis meses indicam essa tendência. Muitas vezes, a quinta-feira é o terceiro dia mais movimentado da semana", segundo Ed Morais, diretor dos dois restaurantes, que estão instalados no topo do shopping Light.

Há 20 anos trabalhando na noite como garçom e chefe de salão, Carlos Roberto Júnior, subgerente do restaurante italiano Antipasti Amici, na Vila Mariana, acredita que a tendência tende a se cristalizar.

"Com o tempo, mesmo que a sexta retorne ao presencial, o hábito já está estabelecido, e se tem uma coisa de que o cliente gosta, é de hábito."

É a tendência observada também por Leo Paim, vice-presidente da Abrasel, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, que não vê a quinta-feira como uma substituta da sexta-feira na movimentação dos bares, mas como uma segunda opção.

O movimento parece interferir no trânsito. Há pelo menos 5% a mais de lentidão às quintas em relação às sextas, segundo a CET, a Companhia de Engenharia de Tráfego, que analisou dados entre janeiro e agosto deste ano. O motorista de aplicativo Gilberto Vianna diz notar um aumento na demanda de corridas para baladas, por exemplo, algo que só percebia aos fins de semana.

Veja a seguir receitas e bebidas que são pedidas populares no happy hour às quintas-feiras de oito bares e restaurantes da capital paulista.

Há 20 anos trabalhando na noite como garçom e chefe de salão, Carlos Roberto Júnior, subgerente do restaurante italiano Antipasti Amici, na Vila Mariana, acha que a tendência tende a se cristalizar.

"Com o tempo, mesmo que a sexta retorne ao presencial, o hábito já está estabelecido, e se tem uma coisa de que o cliente gosta, é de hábito."

É a tendência observada também pela ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que não enxerga a quinta-feira como uma substituta da sexta na movimentação dos bares, mas uma segunda opção.

De acordo com Leo Paim, vice-presidente da instituição, as festas de fim de ano - com ênfase nas confraternizações das empresas - deverão seguir às sextas-feiras.

Veja a seguir receitas e bebidas que são pedidas populares no happy hour às quintas-feiras de oito bares e restaurantes da capital paulista.

Abaru

Comandado pelo chef Onildo Rocha, o restaurante explora diferentes vertentes da cozinha brasileira. No happy hour, fazem sucesso petiscos como o pastel de queijo Canastra (R$ 45, com quatro unidades) e o croquete de costela (R$ 47, com cinco unidades). Para beber, além de cerveja há drinques da casa, como o jambusta (R$ 44), com gim, cachaça de jambu, vermute, Angostura e picles de jambu.

R. Formosa, 157, região central, (rooftop do shopping Light). Qui., das 18h às 23h. @espacopriceless


Antipasti Amici

Idealizado como um bar italiano, que tem como carro- chefe os petiscos, a casa na Vila Mariana dá a opção ao cliente de experimentar vinhos e drinques autorais, mas sem tirar a clássica cerveja do menu. No lugar de um prato de batatas fritas, a porção olive ascolana (R$ 29), azeitonas verdes recheadas com ricota e parmesão, empanadas e fritas, é uma das queridinhas.

R. Áurea, 343, Vila Mariana, região sul. Qui., das 12h às 23h. @antipastiamici


Arlete Bar e Mercearia

Conhecido como um bar para paquerar, o espaço no bairro de Pinheiros é um dos campeões do happy hour às quintas. Ali, porções como coxinha de camarão (R$ 52) e croqueta de berinjela defumada com queijo (R$ 30) acompanham drinques, cervejas e até shot de uísque (R$ 32 a R$ 82).

R. Vupabussu, 101, Pinheiros, região oeste. Qui., das 17h30 à 1h. @arlete.bar


Bambu Bar

Na zona norte da cidade, o espaço oferece opções de porções como de carne-seca com mandioca (R$ 43), de gorgonzola (R$ 48) e de pernil (R$ 43). Para acompanhar, cervejas em duas opções de tamanho (600 ml ou long neck) e chope.

R. Conselheiro Moreira de Barros, 1.084, Santana, região norte. Qui., das 17h às 24h.


Pappa Bar

No bairro dos Jardins, tem entre as opções o crocante de mandioquinha com musse de vieira (R$ 59, quatro unidades) e taco de carne de panela com vinagrete de milho (R$ 39). A carta de bebidas tem vinho e drinques autorais, com destaque para o La Dolce Vita (R$54),com gim, Aperol, melancia, limão e espumante.

Al.Lorena, 1.386, Jardins, região oeste. Qui. das 19h à 1h. @bar.pappa


Pasquim Bar e Prosa

É opção para quem quer curtir uma música ao vivo às quintas, com com rodas de samba e grupos de pagode. Para comer há petiscos, como o pastel de costela com mandioca (R$ 39,90) e o bolinho de vaca atolada (R$ 39,90), que são acompanhados de drinques como as caipirinhas de kiwi, limão-taiti, uva e hortelã.

R. Aspicuelta, 524, Vila Madalena, região oeste. Qui., das 12h às 24h. @opasquimbar


Pirajá

A casa, que resgata a cultura carioca em São Paulo, oferece opções para o happy hour às quintas com petiscos como bolinho de moqueca (R$ 44, seis unidades). Os comes são acompanhados de cerveja, chope e caipirinhas como a Ipanema (R$ 32), que leva cachaça da casa com xarope de capim-santo,caju e limão-cravo. Outra opção é a Alvorada lá no Morro (R$ 32), feita com lichia, amora e folhas de manjericão.

Av. Brig. Faria Lima, 64, Pinheiros, região oeste. Qui., das 12h à 1h. @barpiraja


Rei das Batidas

Desde 1970 no bairro do Butantã, o bar se tornou um clássico da boemia estudantil por sua proximidade com a Cidade Universitária da USP. No happy hour, saem petiscos como o bolinho de bacalhau (R$ 41) que faz sucesso escoltado por cerveja e batidas listadas em uma carta —entre elas, a especial de amendoim (R$ 17) pode ser feita com cachaça, vinho, saquê e vodca.

Av. Valdemar Ferreira, 231, Butantã, região oeste. Qui. das 10h30 às 2h.

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