Festival celebra os 60 anos da Galeria Metrópole, no centro

Pela primeira vez em anos, cinema do prédio será aberto, recebendo os shows do evento

São Paulo (SP)

No mesmo dia em que São Paulo completa 470 anos, um edifício icônico do centro da cidade também faz aniversário: a Galeria Metrópole. Para celebrar a data, o prédio promove a primeira edição do Festival Metrópole, que leva aos corredores da galeria duas feiras e uma programação musical com curadoria do festival Brasa Quentíssima.

Galeria Metrópole, no centro de SP, completa 60 anos na mesma data em que a cidade comemora 470 anos de fundação
Galeria Metrópole, no centro de SP, completa 60 anos na mesma data em que a cidade comemora 470 anos de fundação - Gabriel Cabral/Folhapress

Já na manhã da quinta (25), às 11h, a cerimônia da abertura do festival revela a programação da maior festival de design de São Paulo, que começa em março de 2024 com inspiração nos rios da cidade. No mesmo dia, das 10h às 18h, a feira Fair & Sale reúne 25 expositores da economia criativa em espaços de convivência mobiliados com móveis assinados pelos designers residentes da galeria.

À tarde, o saguão do Cine Metrópole, que já foi um dos cinemas mais glamurosos da cidade e está fechado há pelo menos 10 anos, abrirá especialmente para receber as atrações musicais do festival. Tocam por lá os cantores Luiz Masi (15h), Otavio Cintra (15h30), Tim Melô (com tributo ao Tim Maia, às 17h) e Naissius (18h).

Ainda na quinta, mas também na sexta (26) e no sábado (27), a feira literária Subterrânea, organizada pelos residentes da Descabeça Livros e Editora sobinfluencia, reúne dezenas de editoras independentes (Tapera Taperá, Boitempo, Ubu, Lavra Palavra, entre outras) no térreo da galeria, sempre das 10h às 18h.

Aberta ao público pela primeira vez em 25 de janeiro de 1964, a galeria Metrópole foi, por muitos anos, um dos centros comerciais mais luxuosos da cidade, com corredores amplos e ao ar livre. Vencedor de um concurso de arquitetura, o projeto é assinado por Gian Carlo Gasperini (1926-2020), que também fez o edifício Paulicéia, o Vibra São Paulo e o famoso prédio da IBM, na 23 de maio, e por Salvador Candia (1924-1991), que projetou o antigo edifício Joelma.

Nos anos 1970, com o crescimento da cidade e a degradação do centro, a galeria foi perdendo seu brilho. Mas, mais recentemente, o brio modernista da galeria tem atraído designers, artistas e outros profissionais da indústria criativa, além de galerias de arte, cafés, livrarias e restaurantes descolados.

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