O cantor e violonista Mauro Amorim, 57, volta à sua casa neste sábado (2). Osasquense, hoje morador do bairro do Limão (zona norte de São Paulo), ele monta uma roda de samba no palco do Sesc Osasco.
Acompanhado por seis instrumentistas, Amorim apresentará canções do disco “Dia de Jogo” (2017). Álbum autoral de um músico que só retomou a carreira em 2010 —na década de 1980, ele abandonou os palcos e seu grupo de MPB e se lançou aos escritórios e à promessa de futuro na informática.
“Virei analista de sistema e tinha de me dedicar àquilo”, relembra. "Já quase aposentado, voltei a tocar."
No retorno, passou a se apresentar em bares e virou integrante de banda novamente, a hoje extinta Ministério do Samba. E se o projeto acabou, ele não parou. Seguiu solo e também em dupla, com o parceiro Roque da Vila, no Breque Sincopado. “Aí minha carreira começou a deslanchar”, diz.
Em seu show, Amorim mostra ser um devoto do samba paulista: canta obras de Paulo Vanzolini (1924-2013), Geraldo Filme (1928-1995), Adoniran Barbosa (1910-1982) e Germano Mathias.
O músico homenageia ainda uma divindade. “Como vamos fazer o show no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, vamos tocar algumas para lembrar da data. Por exemplo, o samba-enredo do Império Serrano ‘A Lenda das Sereias, Rainhas do Mar’, de 1976, que depois foi um sucesso na voz de Marisa Monte.”
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