Conheça Clube Redoma, novidade com baladas, shows e cursos no Bexiga, em SP

Espaço inspirado em casas argentinas tem programação com artes LGBTQIA+, negras e latinas

São Paulo

Foi com uma apresentação da roda Samba pros Orixás que o Clube Redoma abriu as portas no bairro do Bexiga, na região central de São Paulo, no começo de agosto, com uma proposta que parte do nome que o batiza —um lugar onde as pessoas possam se sentir seguras e em contato com cenas que já foram tidas como marginalizadas, como as das artes LGBTQIA+, negras e latinas.

Noite no novo clube Redoma, no Bixiga, em São Paulo
Noite no novo Clube Redoma, no Bexiga, em São Paulo - Pedro Ivo/Divulgação

O espaço, que passou o período da pandemia guardando os instrumentos da escola de samba Vai-Vai, fica bem próximo ao queridinho Funilaria e no imóvel que serviu como sedes do Mundo Pensante e do Estúdio Bixiga, na rua Treze de Maio. É uma criação de Paulo Papaleo e de Leandro Pardí inspirada no formato de clube cultural que conheceram na capital argentina, Buenos Aires.

"Queríamos criar esse espaço de pegada mais intimista, que tivesse uma pistinha de dança, atividades durante o dia e que também convidasse coletivos e bandas para um lugar gostoso para se reunir com os amigos e tomar um drinque", conta Pardí.

À noite, pista e palco recebem rodas de samba, DJs e grupos musicais —servindo como um impulso à cena da música independente que minguou na pandemia e perdeu pontos de difusão. Estão previstos para as próximas semanas, por exemplo, um show de Leo Cavalcanti em homenagem a Rita Lee e as baladas LGBTQIA+ Festa Ruim e Umida.

A programação diurna inclui aulas de percussão de ilú com a cantora e compositora Alessandra Leão duas vezes por semana, ensaios do bloco carnavalesco Charanga do França e os chamados Encontros Filosóficos, nos quais são debatidos obras de pensadores como Espinosa e Nietzsche com mediação do professor Amauri Ferreira.

Pardí também diz que a ideia é incluir também cursos voltados à produção cultural e musical e aulas de dança de ritmos brasileiros e diaspóricos. "Vamos começar em breve uma uma oficina de dança africana, da região da Guiné, e também tipos mais contemporâneos, como o voguing", conta o gestor cultural.

O cardápio é voltado às bebidas —Pardí brinca que a dupla não quis competir com a gastronomia do Bexiga— e tem drinques autorais baseados no zodíaco. Agora, por exemplo, servem o coquetel do signo de Leão (R$ 36), feito com Campari, vodca e tangerina em suco e caramelizada.

Programação

25/5 - Festa Ruim
30/8 - Leo Cavalcanti canta Rito para Rita
31/8 - Música em Rede
1°/9 - Festa Umida
2/9 - Festa Procissão

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