A melhor peça internacional do ano, segundo os jurados convidados pelo "Guia", é a suíça "Stifters Dinge", que fez parte da programação da MITsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo) e esteve em cartaz em março no Sesc Ipiranga.
O espetáculo sem atores, encenado pela companhia Théâtre de Vidy-Lausanne, sob a direção do alemão Heiner Goebbels, coloca em cena uma máquina composta de pianos, caixas de som e espelhos.
Para os leitores que votaram na enquete, o melhor peça foi a argentina "Wayra", do grupo Fuerza Bruta. Com uma série de números mirabolantes e grandiosos, o grupo prende a atenção do público com música, dança, voos e muitas cores. Entrou em cartaz em abril no Ginásio Mauro Pinheiro.
Na edição desta sexta-feira (25) do "Guia Folha", veja os votos e os comentários de cada jurado. Confira os demais campeões.
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MELHOR PEÇA INTERNACIONAL
VOTO DO JÚRI
1º lugar
"Stifters Dinge" (8 pontos)
2º lugar
"Incêndios" (4 pontos)
3º lugar
"Ionesco Suite", "Cinzas sobre as Mãos" e "A Gaivota" (3 pontos)
JURADOS
Gustavo Fioratti
colaborador da "Ilustrada"
1º lugar - "Stifters Dinge" (Suíça)
Sem atores, mas com alma
2º lugar - "A House in Asia" (Espanha)
O cerco a Bin Laden em jogo
3º lugar - "Senhorita Júlia" (Alemanha)
Silencioso e brutal
Maria Luísa Barsanelli
editora-assistente da "Ilustrada"
1º lugar - "Ionesco Suite", do Théâtre de la Ville (França)
A sobriedade da loucura de Ionesco
2º lugar - "Incêndios" (México)
Soco no estômago (no bom sentido)
3º lugar - "Solos (Seuls)" (França)
Alma destrinchada
Miguel Arcanjo Prado
crítico de teatro, vice-presidente da APCA e repórter teatral do UOL
1º lugar - "Cinzas sobre as Mãos" (Moçambique)
Lareiras Artes clama por paz e direitos humanos na África
2º lugar - "Wayra", do Fuerza Bruta (Argentina)
Argentinos voadores vibram todos os nossos sentidos
3º lugar - "Incêndios" (México)
A violência da guerra é reforçada pela ironia do destino
Ruy Filho
crítico de teatro e editor da revista "Antro Positivo"
1º lugar - "Stifters Dinge" (Suíça)
Nada supera a experiência poética dessa obra de arte
2º lugar - "Underart" (Suécia)
A melancolia no fracasso do pouso leva o público a voar
3º lugar - "Incêndios" (México)
A mais forte história, com a mais brilhante atriz: Karina Gidi
Wellington Andrade
crítico de teatro e editor da revista "Cult"
1º lugar - "A Gaivota" (Rússia)
Um Tchékhov altissonante e tonitruante, um meio-irmão de Zeus
2º lugar - "Stifters Dinge" (Suíça)
Coisa-máquina que engendra uma fascinante experiência de "alteridade sem pessoa"
3º lugar - "Senhorita Júlia" (Alemanha)
Estudo sobre o rosto no teatro e no cinema, entre a verdade íntima e a transparência
CRITÉRIOS DA ELEIÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram atribuídos pontos da seguinte maneira:
1º colocado - 3 pontos
2º colocado - 2 pontos
3º colocado - 1 ponto
Em caso de empate no número de pontos, ficou na frente quem obteve votos com melhor classificação. Por exemplo, um voto em primeiro lugar (3 pontos) vale mais do que três votos em terceiro lugar (que também totalizam 3 pontos).
VOTO DO PÚBLICO
1º lugar
"Wayra", do Fuerza Bruta, da Argentina
2º lugar
"Incêndios", do México
3º lugar
"O Terno", da Inglaterra
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