Peças de teatro exibidas em São Paulo usam a nudez de seus personagens de diferentes maneiras, seja para evocar erotismo, seja para levantar discussões sobre a libertação do corpo.
Esse último tema está presente no espetáculo "O Que Meu Corpo Nu Te Conta?", exibido no Sesc Pompeia, em que atores despidos contam histórias —que podem tratar sobre sexo ou não— a poucos centímetros do espectador.
Veja abaixo três espetáculos que têm em comum cenas de nudez. Não esqueça de checar a classificação etária de cada uma.
A Herança
O premiado espetáculo da Broadway põe em pauta uma discussão entre gerações sobre pertencimento, amadurecimento e amor na comunidade LGBTQIA+. Com Reynaldo Gianecchini no elenco, a peça tem cinco horas e meia de duração e é encenada em dois dias. Nela, Leo, interpretado por André Torquato, tira toda a roupa de frente para o público antes de ir tomar banho, causando impacto em quem assiste.
Direção: Zé Henrique de Paula. Com: Bruno Fagundes, Reynaldo Gianecchini e Marco Antônio Pâmio. Teatro Vivo - Av. Chucri Zaidan, 2460, Vila Cordeiro, região sul, tel. (11) 3279-1520. 18 anos. Parte 1 - Qui. e sáb., às 20h. De 9/3 a 29/4. Parte 2 - sex., às 20h, dom., às 18h. De 24/3 a 30/4. R$ 100, em sympla.com.br
O Que Meu Corpo Nu Te Conta?
O elenco, composto por 20 atores, se reveza de 12 em 12 atuantes a cada apresentação. No espaço cênico, há 12 quadrados que delimitam a posição de cada artista, formando um tabuleiro. O público escolhe em qual nicho assistirá a cada rodada de quatro minutos, passeando pelo tabuleiro todas as vezes que o sinal tocar. O detalhe é que os atores ficam desnudos bem em frente ao público para contar histórias, muitas delas que discutem a libertação do corpo.
Direção: Marcelo Varzea. Com: Agmar Beirigo, Ana Bahia e Bruno Rods. Sesc Pompeia - r. Clélia, 93, Água Branca, região oeste. 18 anos. Qui. a sáb., às 20h; dom., às 17h. De 22/6 a 2/7. A partir de R$ 10, em sescsp.org.br
Tom na Fazenda
A produção brasileira que recebeu prêmios nacionais e internacionais ganha uma nova temporada em São Paulo, depois de fazer 24 apresentações em Paris. Nela, Tom vai ao funeral de seu companheiro e descobre que a sogra não sabia de sua existência, nem da homossexualidade do filho. Entre as cenas, há uma em que o personagem fala sobre seu relacionamento, tirando a roupa para exemplificar como era a relação sexual com o antigo companheiro.
Direção: Rodrigo Portella. Com: Armando Babaioff, Soraya Ravenle, e Gustavo Rodrigues. Teatro Vivo - av. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi, região oeste. 18 anos. Sex. e sáb., às 20h; dom., às 18h. De 5/5 a 5/6. R$ 100, em sympla.com.br
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