"Guia" visitou 14 parques abertos nos últimos anos em SP; veja quais valem a visita

No começo de 2004, havia menos de 40 parques municipais. Hoje, são 103. Junto com as áreas verdes estaduais, a soma chega a 110 locais onde é possível praticar esportes, curtir a natureza ou simplesmente fazer nada.

Na última semana, o "Guia" visitou 14 parques que foram inaugurados nos últimos três anos e, a seguir, destaca o que encontrou de bom —como quaras novas, ciclovias e até uma espécie de praia— e ruim, como problemas de manutenção e segurança. Cada um é acompanhado de uma avaliação: "vale a visita", "pode melhorar" e "muito a melhorar".

Além dos visitados, saiba mais sobre cinco áreas que devem virar parques em breve, a exemplo dos parques Augusta, Praia São Paulo e Jequitibá.

Bom passeio.



ZONA SUL

Guanhembu (Vale a visita)
Dividido em dois terrenos separados, tem campos de futebol (um de grama sintética e outro de areia) e duas quadras de cimento —as tabelas de basquete estavam sem aro no dia da visita. Em bom estado de conservação, oferece pomar, árvores, plantas da mata atlântica e ervas medicinais. Lá é proibido empinar pipas ("as aves podem se machucar", diz o aviso) e há seguranças em ambos os lotes. O local também oferece área para piquenique, mas a grama estava alta e não havia árvores para fazer sombra. Sem estacionamento, é preciso parar o carro na rua do bairro residencial. O espaço fica bem próximo ao Sesc Interlagos.


Herculano (Pode melhorar)
Pequeno e agradável, ainda apresenta seus equipamentos (pontes de madeira, playgrounds e aparelhos de ginástica) em ótimo estado. Há postes de luz por todo o trajeto cimentado. Caminhando em seu interior, pode-se ouvir o canto de diversos animais e o som de água corrente. A ideia é de um parque mais contemplativo. Um ponto negativo: o atrativo principal, uma trilha monitorada por uma área de reserva de mata atlântica (em uma área do parque fechada ao público), ainda não foi implementada e não há previsão de quando isso será feito. O caminho até lá pode ser complicado para quem não conhece a região.


Praia do Sol (Vale a visita)
Com clima de Litoral Sul, tem placas que avisam: é proibido fazer churrasco nas dependências do parque. A consumação deve ser feita em um dos dois quiosques instalados na orla da represa Guarapiranga, acessível pela faixa de areia, cascalho e pedrinhas (e tampas de garrafa). No dia da visita (segunda-feira de manhã de janeiro), havia gente bebendo cerveja, tomando sol e grupos de família nadando (observados pelo salva-vidas). O espaço também oferece uma ciclovia, duas quadras e um campo de areia, playground e equipamentos de ginástica para a terceira idade. Há pouquíssimo refúgio de sombra, então vale levar o guarda-sol.
Informe-se sobre o local


Juliana de Carvalho Torres (Muito a melhorar)
Pelo mapa, o espaço parece gigantesco e verde: o local é composto por parte da vegetação que resta da Mata Atlântica. Mas, ao chegar lá, descobre-se que só uma pequena parte dele está acessível para o público. Embora ainda esteja em expansão, uma estrutura de concreto na borda dessa mata abriga uma halfpipe (pista em forma de U para esportes radicais), mesas de xadrez e bancos. Apesar do parque, cujo acesso se dá por meio de uma rua estreita e sem saída, servir a população que mora em Cohab Raposo Tavares -especialmente crianças que gostam de empinar pipa —no dia da visita se encontrava com bastante lixo no chão.


ZONA NORTE

Parque Sena (Pode melhorar)
À primeira vista, é possível confundir o parque com uma praça localizada entre as tranquilas ruas Sena e Panorama. Isso porque o local não apresenta cercas de proteção ao redor de seus 20 metros quadrados de terreno. Arborizado e bem cuidado, o espaço tem seguranças 24h e recebe principalmente os moradores da região, que praticam caminhadas em trilhas com vegetação -que conta com arbustos e árvores de grande porte e utilizam os aparelhos de ginástica para se exercitarem.


Parque Linear Canivete (Pode melhorar)
Implantado para conter a enchente do córrego homônimo, o local leva o título de parque, mas não é cercado e nem tem horário de funcionamento. O espaço é voltado para moradores do conjunto habitacional, em uma margem do riacho, e da favela, na outra.

Há uma quadra de futsal e uma praça de convívio. No dia de visitação (manhã de terça de janeiro de 2014), a área era movimentada por alguns grupos de jovens, crianças empinando pipa e pessoas seguindo para suas rotinas. Na ocasião também não foi visto nenhum guarda.
Informe-se sobre o local


Benemérito José Braz (Vale a visita)
"Compareça a SSO" é uma das frases mais ouvidas no parque localizado ao lado da estação Brás de metrô, que tem sua melhor sombra provocada pelos trilhos suspensos que carregam vagões durante todas as horas em que o espaço se encontra aberto. Ainda assim, a grama, as três quadras de futebol e basquete, os bancos, as árvores ainda miúdas e as mesas com tabuleiros de xadrez são um afago para quem frequenta a região, dominada pelo cinza e pelo comércio sufocante. O local é bem cuidado, sem escadas e com caminhos formados por uma pista lisa, o que o torna acessível. No dia da visita ao parque inaugurado em 2011, os banheiros estavam limpos e em boas condições, mas dois dos sete bebedouros não estavam funcionando.


Parque da Ciência (Vale a visita)
Tranquilo e bem preservado, o parque da Ciência é ideal para caminhadas. Vizinho do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, o espaço tem como principal atrativo uma trilha monitorada pela vegetação remanescente de Mata Atlântica. O local, de cerca de 178 mil metros quadrados conta, ainda, com quadras poliesportivas, campo de futebol e playground.


Parque das Águas (Muito a melhorar)
Localizado no extremo leste da capital, tem área verde de cerca de 70 mil metros quadrados. Além da possibilidade de caminhada por pontes e trilhas, o local oferece playground e campo de futebol. Apesar dos atrativos, a conservação e a segurança deixam a desejar: a vegetação alta e mal cuidada dão ao espaço um aspecto de abandono.


Linear Mongaguá - Francisco Menegolo (Pode melhorar)
Plano, cheio de bancos e de sombras, o espaço é dividido por travessas que o cortam. O problema dessa divisão é a distribuição irregular da infraestrutura. Enquanto na entrada do parque ficam o único posto de segurança, os bebedouros e banheiros, na parte central faltam lixeiras e cuidado com as plantas. Mas cada parte tem seu atrativo, como uma pista de skate, uma quadra, pontes de onde se admira um córrego (sujo). Apesar disso, o local é ideal para pedalar ou caminhar.


Linear Ribeirão Oratório (Muito a melhorar)
Para os funcionários do espaço e para a comunidade próxima, o parque aberto no ano passado serviu para revitalizar uma área deteriorada na divisa de São Paulo com Santo André. Mas basta uma visita rápida para ver que ainda há muito trabalho a ser feito. A grama alta, as duas quadras esportivas e um campinho de futebol em péssimo estado e algumas sujeiras mostram isso. Ainda não há uma divisão física entre o córrego Oratório e o gramado (perigo para os pequenos). Ao menos os (dois) banheiros estão em perfeito estado, assim como os bebedouros. Por enquanto, o que vale é fazer caminhada por ali, atividade que vem atraindo os moradores pela manhã.


Linear Rio Verde (Pode melhorar)
O Itaquerão, estádio que será uma das sedes da Copa, pode ser visto deste pequeno, mas agradável, parque que margeia o rio Verde. Por enquanto, tem cara de área em formação —inclusive com alguns acabamentos sendo feitos—, mas dá para aproveitar o espaço. Numa grande área gramada, a pedida é soltar pipa. Entre os atrativos, há calçamento para pedalar, parquinho, duas quadras para futebol de areia e uma pista de skate. Há ainda bicicletário, bebedouros e banheiros em perfeito estado de funcionamento. A presença dos seguranças tranquiliza.


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