O número 1.470 da rua Augusta abriga um pequeno café florido e tranquilo, em meio à paisagem cinzenta e do corre-corre da região da avenida Paulista. É neste endereço que funciona o Café Fellini, eleito pela quinta vez a melhor bonbonnière entre os cinemas de São Paulo.
Instalado no anexo do Espaço Itaú de Cinema Augusta, onde ficam duas salas, o local tem dois ambientes. O interno é decorado por girassóis, tulipas e pôsteres relacionados ao universo do cineasta italiano que inspirou o nome do lugar —Federico Fellini, diretor de "A Doce Vida". Já o espaço externo tem mesinhas e bancos ao ar livre. Vasinhos com flores, árvores e plantas completam a decoração da área, uma ótima pedida para os tempos pandêmicos.
No cardápio, destacam-se os bolos, sempre fresquinhos, como o de laranja, o de banana, o de fubá, o de maçã com mel e especiarias, o de cenoura com cobertura de chocolate, o de iogurte, o de chocolate coberto com brigadeiro e o de limão-siciliano com amêndoas. Os sabores variam de acordo com o dia, e cada fatia custa R$ 10. Entre as tortas doces, cujo pedaço sai a R$ 14, as dicas são a banoffee e a cheesecake de frutas vermelhas.
Todos caem bem com o cafezinho coado (R$ 8), que o cliente passa diretamente na mesa. Outros itens à venda são o expresso (R$ 7), o cappuccino (R$ 9 a R$ 14), o chocolate quente (R$ 8 a R$ 12), o choconhaque (R$ 18) e os chás (R$ 7 a R$ 10).
Na seção salgada, há pão de queijo (R$ 7 o individual, R$ 8 a porção com seis unidades pequenas), empanadas (R$ 10 a R$ 12), torta de frango ou palmito (R$ 12), quiches (R$ 12), misto quente (R$ 14), sanduíche natural (R$ 16) e bauru (R$ 15). Há, ainda, salada na cumbuca (R$ 22) e sopas de vários sabores (R$ 27 a R$ 36), outra especialidade da casa tocada por Silvia Oliveira —a Silvinha, para os habitués.
Ah, mas cinema sem pipoca não dá, alguém por aí vai dizer. Pois pipocas quentinhas também pululam da pipoqueira do café, em versões salgadas (R$ 12 a R$ 16) —a indicação aqui é temperá-las com lemon pepper—, doces ou mistas (R$ 14 a R$ 18). Elas podem ser vendidas como nas grandes redes, em combos com refrigerante, suco ou água.
Se a ideia é tomar um drinque para debater o filme, dá para pedir um vinho (R$ 25 a R$ 79), uma caipirinha (R$ 18) ou uma cervejinha (R$ 12 a R$ 18).
O charme, a variedade de produtos e a personalidade dão ao Café Fellini, há algumas edições, o título de bonbonnière de cinema mais gostosa. As três qualidades faltam à maioria das lojinhas de quitutes das grandes redes da cidade, que apostam no mais do mesmo: pipocas com sabores extravagantes, balas, chocolates e salgadinhos.
Os complexos com salas VIPs até dão uma diferenciada no menu, oferecendo, por exemplo, pizzas, vinhos e hambúrgueres —mas que, muitas vezes, chegam frios à sala, sem falar nos altos preços cobrados.
Agora, voltando ao campeão: atravessando a rua, em frente ao anexo, chegamos à outra parte do Itaú Augusta, onde estão as três salas maiores. Por lá, é possível pedir todo o cardápio do café. O charme não é igual, mas a alma do Fellini é a mesma.
Comentários
Ver todos os comentários