Descrição de chapéu Cracolândia
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Virada Cultural: Saiba onde vão estar os palcos e quando vai ser o evento em SP

Prefeitura confirma 1ª edição presencial após a Covid, apesar da sensação de insegurança no centro

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São Paulo

A primeira Virada Cultural totalmente presencial a acontecer após o começo da pandemia da Covid-19 está marcada para este sábado e domingo, dias 28 e 29 de maio. Embora confirmada pela prefeitura, a edição já nasce sob as incertezas causadas pela dispersão recente da cracolândia no centro de São Paulo e o aumento da sensação de insegurança na região.

A programação foi divulgada em cima da hora, uma semana antes do evento. A prefeitura não repetiu o que ocorreu na última edição presencial, de 2019, que foi a maior da história e ocupou com força o centro, e optou por atrações mais descentralizadas, aproximando-se da tentativa de espalhamento feita pelo então prefeito João Doria, do PSDB, em seu primeiro ano de mandato, em 2017.

Público no show da banda Monobloco, na praça Júlio Prestes, na Virada Cultural de 2015
Público no show da banda Monobloco, na praça Júlio Prestes, na Virada Cultural de 2015 - Danilo Verpa/Folhapress

Na época, a programação principal saiu do centro, foi para os bairros e resultou em palcos vazios e uma perda significativa de público.

Com o lema "Virada do Pertencimento", a prefeitura terá palcos e atividades em oito pontos da capital paulista —e, sim, estão previstas atrações no centro antigo. A programação vai ocupar o vale do Anhangabaú, que receberá sua primeira Virada após a reforma, concluída no ano passado, e seu entorno.

A Secretaria Municipal de Cultura também organizará atividades no Butantã, na zona oeste, na Freguesia do Ó e na Parada Inglesa, ambas na zona norte, no Campo Limpo e em M'Boi Mirim, na zona sul, e em São Miguel Paulista e Itaquera, na zona leste.

Clique aqui e confira os destaques da programação. No mapa abaixo, há os palcos e outros pontos da capital que receberão atividades da Virada.

As duas primeiras Viradas Culturais ocorreram em novembro de 2005 e maio de 2006 —esta última, com público estimado em 1,5 milhão de pessoas. Uma das principais bandeiras era levar público, cultura e movimento para o centro da cidade por 24 horas, incluindo a madrugada.

O centro, porém, vive uma situação de indefinição e de aumento da sensação de insegurança desde a última semana, quando uma operação policial expulsou dependentes químicos da praça Princesa Isabel, onde atualmente estava a cracolândia da cidade. Desde então, as pessoas expulsas passaram a perambular pelos bairros Campos Elíseos e Santa Cecília, sobretudo na região entre a alameda Barão de Campinas e a avenida São João.

Na noite de quinta (12), Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca Junior, 32, morreu após levar um tiro no peito na avenida Rio Branco, durante um tumulto que teria começado quando usuários de drogas tentaram depredar um ponto de ônibus.

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