Entre os dias 28 de abril e 26 de maio ocorre a décima edição da "Exposição da Paulista", mostra que tem lugar na avenida de mesmo nome, em São Paulo, na ciclovia entre a rua Augusta e a alameda Campinas. Os painéis que serão fixados nos postes giram em torno do tema trabalho e luta, que faz referência a conquistas de direitos trabalhistas.
Por ficarem expostas na via, as obras podem ser vistas a qualquer hora do dia, sem a necessidade de ingressos para visitação. A mostra, organizada pela União Geral dos Trabalhadores e tida como a maior exposição a céu aberto da América Latina, já teve como temas a redemocratização do Brasil e os cem anos do samba.
Para a edição atual foram convidados os artistas Marcelo Cipis e Derlon, que produziram 15 painéis cada. As obras retratam tópicos como jornada de trabalho, trabalho feminino, racismo, fim do trabalho escravo e infantil, e inclusão de pessoas com deficiência.
Cipis é um arquiteto paulistano que une diferentes linguagens artísticas em suas obras, como pintura, desenho e colagem, além de fazer esculturas e instalações. Em 2000, ele foi laureado com o prêmio internacional da Fundação Pollock Krasner, de Nova York, que levou o trabalho do artista para diversas instituições e galerias de todo o mundo.
Derlon, pernambucano que mora em São Paulo, se inspira na estética dos cordéis, na fotopintura e na xilogravura para produzir suas obras. Os painéis que serão expostos fazem parte de uma série de trabalhos que ele realizou ao longo dos últimos anos em homenagem à época em que colava lambe-lambes nas ruas —alguns deles feitos a partir de páginas de jornais, como a Folha.
Nas edições anteriores da "Exposição da Paulista" passaram artistas como Angeli, Laerte, Kobra e Arnaldo Antunes.
23h00
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