Com origem no teatro popular e de rua, mesclando linguagens como música e circo, o grupo mineiro Galpão foi do espaço público aos palcos, escreveu os próprios textos e adaptou clássicos e levou espetáculos a cerca de 260 cidades em 35 anos de história.
O resumo dessas décadas de atividade é exibido em São Paulo na mostra "Grupo Galpão: 35 Anos," que ocupa diversas unidades do Sesc até 12/11 e que chega, nesta terça (10), ao Sesc Pompeia.
Os espetáculos do repertório, focado em produções dos últimos anos, reforçam o caráter heterogêneo do grupo: dois deles, "Os Gigantes da Montanha" e "Till, a Saga de um Herói Torto", são apresentações de rua; "Tio Vânia" e "Nós" (12/10, no Sesc Pompeia) são montagens de palco, e "De Tempo Somos" é um musical.
Apesar de o grupo ter conseguido sobreviver a diversas crises ao longo de sua história, Eduardo Moreira, um dos fundadores da companhia, diz não saber o que esperar dos próximos 35 anos, em parte por causa das manifestações atuais contra a liberdade artística. Essas manifestações são censura. A arte precisa ser radicalmente livre. Precisamos valorizar o teatro. É impossível construir um país sem cultura.
Trabalhamos na rua levando teatro para quem não tem oportunidade de assistir a uma peça. É incrível a quantidade de pessoas que começaram a atuar porque viram um espetáculo nosso, diz o ator sobre o legado do grupo. Além da apresentação das peças, vão ser realizados bate-papos e oficinas.
O próximo projeto do Galpão deve estrear em setembro de 2018, mas, além da data e do diretor –Marcio Abreu– não há nada confirmado. A intenção do grupo, no entanto, continua firme: "ajudar as pessoas a escapar do peso massacrante do cotidiano por meio da arte".
Nós: Sesc Pompeia - teatro - R. Clélia, 93, Água Branca, tel. 3871-7700. 300 lugares. Qui.: 18h. Até 15/10. Ingr.: R$ 12 a R$ 40, p/ sescsp.org.br. Programação completa em: grupogalpao.com.br/agenda
23h00
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