Hilda é uma faxineira eficiente, babá zelosa e a melhor funcionária que sua milionária patroa poderia desejar. Inicialmente coberta de elogios, a personagem título da peça que estreia nesta sexta (27), no CCSP, torna-se vítima de um crime quando a afeição da chefe se transforma em obsessão.
O espetáculo, que tem Roberto Audio na direção e Cácia Goulart no elenco, é a primeira montagem brasileira de uma peça da escritora francesa Marie NDiaye. A autora venceu o Goncourt, mais importante prêmio literário francês, em 2009, pelo romance “Três Mulheres Fortes”.
Na trama, a milionária madame Lemarchand (Goulart) vai aos poucos cerceando a liberdade de Hilda em uma tentativa de tê-la apenas para si. A empregada —que é apenas mencionada pelos personagens e em momento algum aparece na peça— é obrigada a se mudar para a casa da patroa, proibida de ver o marido e os filhos e, por fim, tratada como mero objeto.
A montagem brasileira prioriza a interpretação dos personagens ao apresentar um cenário simples, que tem espaços delimitados apenas por fachos de luz.
CCSP - sala Jardel Filho - R. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3397-4002. 321 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 20h. Até 10/6. Ingresso: R$ 30. Ingr. p/ ingressorapido.com.br.
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