Há cerca de 20 anos, quando voltaram para o Brasil e instalaram sua sede na praça Roosevelt, os Satyros se depararam com um cenário deteriorado, dominado pelo tráfico de drogas e pela prostituição. Ao longo do tempo em que esteve na região, o grupo realizou uma série de atividades que ajudaram a promover a renovação do local, hoje um dos polos teatrais do centro da cidade.
Em seu aniversário de 30 anos, o grupo decidiu encenar um espetáculo que contasse a história da praça. Com dramaturgia de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez e direção de Vázquez, “Mississipi” estreia no sábado (20) no Sesc Consolação. Na trama, a Roosevelt serve como alegoria das mudanças sociais e políticas que ocorreram no Brasil.
A história acompanha o personagem-título, que tem o sonho de conhecer o estado americano em que seu nome era inspirado. Ele só consegue, no entanto, chegar até a praça Roosevelt, outro nome americano, onde integra um painel de pessoas em situação de rua. A partir disso, a trama lida com questões como intolerância, violência e pedofilia.
Essa é a primeira vez em dez anos que os Satyros apresentam um espetáculo fora de sua sede. A estreia nacional de “Mississipi” foi no Festival de Curitiba, em março deste ano.
Sesc Consolação - teatro Anchieta - R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. 280 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 18h. Estreia sáb. (20). Até 26/5. Ingr.: R$ 12 a R$ 40.
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