Durante a pandemia, a figura do cantor Cauby Peixoto (1931-2016) voltou a ir de encontro ao ator Diogo Vilela. O resultado foi "Cauby, uma Paixão", espetáculo que acaba de estrear no Teatro Liberdade e fica em cartaz até 7 de maio.
Em 2018, dois anos após a morte de Cauby Peixoto, Diogo Vilela já havia entrado em cena com "Cauby, uma Lembrança", musical derivado de "Cauby! Cauby", outro espetáculo para o teatro encenado em 2006.
Já em "Cauby, uma Paixão", pensado originalmente como apresentação transmitida online durante o isolamento, Vilela resgata canções de shows que Cauby fazia em casas como o Bar Brahma, em São Paulo, onde o artista tinha temporadas recorrentes.
Acompanhado de um trio de músicos formado por Roberto Bahal no piano, Helbe Machado na bateria e Fernando Trocado nos sopros, o espetáculo tem roteiro de Flávio Marino e direção de Marco Aurélio Monteiro.
O repertório tem clássicos de Cauby, como "Conceição", "Molambo" e "New York, New York", além de canções gravadas nos últimos anos de vida do cantor, como "Eu e a Brisa", "Samba do Avião" e "Dindi", que fazem parte de seu último álbum, um tributo à bossa nova.
Sem o elenco numeroso das últimas duas montagens, Vilela fica à vontade para deixar que o público também o ajude a contar a história. Ao longo do musical, o ator conduz um bate-papo entre personagem e plateia, colhe memórias e até permite a fãs que interpretem canções marcantes de Cauby.
"Embora o repertório trabalhe com músicas mais antigas, fico impressionado com a quantidade de jovens que comparecem e saem emocionados. Esse é o meu papel, ser uma espécie de portador do legado que é do Cauby, mas é também do Brasil, da nossa memória", diz o ator.
Prestes a celebrar 55 anos de carreira, Vilela pretende viajar com o espetáculo para outras capitais —mas já prepara um novo espetáculo, que deve estrear em 2024.
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