Jarbas Homem de Mello "voa" e usa espadas no musical "Zorro"

A plateia parece não acreditar quando o herói mascarado "voa" por todo o teatro até chegar ao palco e salvar os amigos.

Ele é Jarbas Homem de Mello, que ganhou o papel de protagonista na megaprodução "Zorro, o Musical", sucesso em Londres e Paris. "Esse personagem é um divisor de águas na minha carreira", conta ao Guia.

Em cartaz no Teatro das Artes (no shopping Eldorado, zona oeste) até 24 de outubro, a peça conta a história de Diego de la Vega, um rapaz rico que troca a Califórnia por Barcelona, não se dá bem na academia de esgrima (é melhor do que todos) e se junta a um grupo de ciganos. Depois, assume a identidade de Zorro para libertar seu povoado das tiranias de seu próprio irmão.

Jarbas dá vida ao romance de Isabel Allende junto a outros 26 atores e dez músicos, que interpretam canções do grupo Gipsy Kings, em meio a muitas danças flamencas, sapateados, lutas com espadas, risos e paixões. Tudo isso em cerca de três horas de espetáculo.

Abaixo, veja o que o ator diz sobre a exaustão ao final das sessões e o que mais costuma ouvir do público de "Zorro":

Crédito: Vitor Cardoso/Divulgação Além do protagonista Jarbas, "Zorro, o Musical" tem mais 26 atores no elenco, além de outros dez músicos

Guia Folha - Você dança, canta, faz acrobacias, corre. Sai exausto da peça?
Jarbas Homem de Mello - É realmente muito exaustivo, provavelmente o espetáculo que exigiu mais das minhas condições e possibilidades físicas e emocionais. Além de cumprir todas as marcas de direção e coreografias, ainda tenho a esgrima, que exige muita destreza e concentração extrema para evitar qualquer tipo de acidente. E, no pouco tempo que tenho nas coxias, estou me preparando para voos de tirolesa, rapel ou em corda. Mas encaro tudo isso como uma grande aventura; é realmente muito divertido, e acho que é por essa razão que consigo fazer tudo com muita energia, até o final do espetáculo.

Guia Folha - O que é mais difícil: as lutas com espadas ou os "voos"?
Jarbas - Com certeza, o mais difícil são as lutas. Nos voos, tenho todo um aparato de profissionais que garantem a minha segurança. Nas lutas, conto somente com a habilidade e concentração, minha e do meu parceiro de luta.

Guia Folha - Você já participou de grandes produções, como "O Fantasma da Ópera" e "Querido Mundo", mas qual a importância deste musical?
Jarbas - Tenho certeza que esse personagem é um divisor de águas na minha carreira. Ele mostra que tenho humildade, técnica, talento e generosidade para realizar um trabalho dessa grandeza.

Guia Folha - O que você mais ouve do público após a peça?
Jarbas - O que mais ouço é que eu correspondi completamente ao imaginário de cada um ao viver esse personagem tão conhecido, e isso me deixa muito feliz. Claro que o romance de Isabel Allende e a direção certeira de Roberto Lage me deram todas as ferramentas para que isso acontecesse e eu conseguisse construir esse herói tão humano, justo e cheio de questionamentos, que é exatamente o que o aproxima tanto do público.

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