A intenção é fazer o público "rir de si mesmo". Com o texto ácido e descontraído de Alan Ayckbourn, a peça "Amigos Ausentes" --em cartaz até sexta-feira (11) no teatro Augusta (centro de São Paulo)-- mostra a dificuldade que todos têm em lidar com a morte.
O ator Daniel Warren interpreta Colin, que está inconsolável com a recente perda de sua mulher. Os amigos organizam um encontro para tentar animá-lo, mas acabam "aproveitando" a reunião para desabafar sobre suas próprias frustrações.
O espetáculo, dirigido por Nilton Bicudo, faz as últimas três sessões nesta quarta (9), quinta (10) e sexta (11), com ingressos promocionais a R$ 15 (R$ 7,50 a meia-entrada).
Abaixo, leia um bate-papo com Daniel Warren, que divide o palco com Andrea Dupré, Edson Aranha, Maristela Chelala, Rodrigo Framphton e Wanessa Morgado.
Guia Folha - Do que você mais gosta na peça?
Daniel Warren - Sou suspeito pra responder essa. O Alan Ayckbourn é um mestre na arte da dramaturgia, tem mais de 74 peças escritas. Então eu diria que o que eu mais gosto na peça, além, é claro, de estar em cena com meus amigos, é a genial construção de bons personagens e da trama sempre surpreendente. Isso faz com que o espetáculo aconteça de uma maneira muito leve e fluida para a plateia, ao mesmo tempo que está tocando profundamente em temas como a amizade e a morte.
Tratar de forma cômica os problemas ajuda a fazer o público pensar mais sobre o assunto?
Warren - Sim, acho que sim, acredito nisso! A comédia é muito difícil de se fazer, mas, quando bem-feita, acaba acontecendo um maravilhoso fenômeno: o público, descontraído e relaxado com as risadas provocadas pela identificação com os personagens e as situações, acaba por fim "rindo de si mesmo".
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