Quem diria que o cinema ainda podia proporcionar mais experiencias depois da revolução de "Avatar", em 2010? O 3D de última geração que começou a fazer parte do dia a dia de quem vai aos cinemas Brasil afora agora deve abrir espaço para outra novidade: o cinema 4D.
A primeira sala desse tipo em São Paulo recebeu as primeiras plateias assim que o shopping JK Iguatemi (zona sul) finalmente inaugurou, há duas semanas (depois de três meses esperando por autorização).
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Há dois filmes em cartaz no momento: "Prometheus" e "A Era do Gelo 4", com ingressos a R$ 68. Se no filme de Ridley Scott (prólogo de "Alien") os movimentos das cadeiras são discretos, na animação "A Era do Gelo 4" a diversão é garantida --principalmente se estiver acompanhado de crianças.
Desde a primeira cena é possível notar a diferença de um cinema comum: as cadeiras tremem, inclinam-se para a frente e para trás, jatos de ar saem da cabeceira do encosto e por trás das pernas, luzes piscam nas paredes da sala, pequenas gotículas são sentidas quando os personagens caem no mar e é possível sentir no meio das costas um tranco que alguém levou em cena.
No começo, é impossível segurar as risadas. As crianças se agarram nos pais. O medo da vertigem surge em alguns. O público inteiro se surpreende com aquele conjunto de sensações e precisa comentar com quem está do lado. E ninguém se irrita com o burburinho na sala, porque tudo é novo para todos (e porque não se exige tanta concentração assim em um filme como "A Era do Gelo").
A novidade só é incorporada pela plateia na segunda metade do filme, e os espantos com a "quarta dimensão" diminuem.
A história dos animais pré-históricos lutando contra a inevitável separação dos continentes (a Pangeia) se torna muito mais visceral em um cinema 4D. A diversão é maior, sim, mas é para quem se importa menos com o que está se passando na tela. Cinéfilos de plantão e adoradores de roteiro podem pular o 4D. Mas se o objetivo é só conhecer algo novo e ter uma hora e meia de descontração, corre lá.
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