Peça com Lázaro Ramos e Taís Araújo reinventa último dia de Luther King

O último dia de vida do ativista político americano Martin Luther King (1929-1968), que morreu assassinado na sacada de um hotel em Memphis, no Tennessee, é reinventado na peça "O Topo da Montanha" —que estreia nesta sexta-feira (9) no Teatro Faap (centro de São Paulo).

Quem dirige a montagem e interpreta o líder da luta pelos direitos civis é Lázaro Ramos, que divide o palco com Taís Araújo, sua mulher. Ela faz o papel da camareira responsável por cuidar do quarto no qual Luther King viveu seus últimos momentos.

Com texto da dramaturga americana Katori Hall, o espetáculo estreou em 2009, em Londres, recebeu prêmios e seguiu para a Broadway em 2011, onde foi encenado pelas estrelas Samuel L. Jackson e Angela Bassett.

A intenção de Lázaro e Taís era fazer com que o público brasileiro se identificasse com a história. "Dando uma maior dimensão ao debate sobre o não preconceito, a coragem, o afeto e a não violência", diz o ator.


Em relação a figuras brasileiras significativas na mesma esfera de Luther King, ele cita nomes como Milton Santos, Abdias Nascimento e Lélia Gonzalez, que, segundo o artista, são pouco falados nas escolas, nas redes sociais e na mídia. "Mas que, com certeza, dariam grandes espetáculos também. E que, de alguma maneira, estão presentes em 'O Topo da Montanha', quem assistir vai entender o porquê."

A peça mostra o jogo de provocações que se estabelece a partir do encontro entre o ativista e a camareira. Em tom de suspense e de deboche, eles falam sobre política, emoções e sonhos —e seus diálogos abordam temas universais como igualdade, amor e medo.

Taís conta que eles esperam estimular sentimentos diversos na plateia.
"A gente quer que as pessoas se emocionem, que riam e que reflitam.
Acho que é um momento muito apropriado para isso."

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