Descrição de chapéu Crítica
Cinema

Com músicas de George Michael e clima de Natal, filme escapa do romance bobinho

'Uma Segunda Chance para Amar' tem Emilia Clarke no papel principal

São Paulo

Uma Segunda Chance para Amar

  • Classificação 12 anos
  • Elenco Emilia Clarke, Emma Thompson e Henry Golding
  • Produção EUA/Reino Unido, 2019. 102 min.
  • Direção Paul Feig

Depois de “Rocketman”, “Yesterday” e “A Música da Minha Vida”, mais um filme da temporada traz a música pop inserida na história. Mas, desta vez, de uma forma mais “escondida”.

“Uma Segunda Chance para Amar” tem roteiro livremente inspirado numa canção escrita por George Michael (1963-2016) quando integrava o Wham!. O nome da música “Last Christmas” dá o título original do filme dirigido por Paul Feig, de currículo inexpressivo. Muitas canções do cantor estão na trilha.

A graciosa Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de “Game of Thrones”, é Kate, garota de origem croata que mora em Londres, tenta ser atriz, tem problemas de relacionamento com a família de imigrantes e odeia seu trabalho: é vendedora numa loja de produtos natalinos e precisa usar uma fantasia de elfo o dia inteiro. E não se sai bem em vários testes para ganhar algum papel no teatro.

Cercada de problemas, ela conhece Tom, bonito e bacana. Interpretado por Henry Golding, de “Podres de Ricos” (2018), ele é gentil, galanteador, trabalha como voluntário para ajudar moradores de rua e trata Kate com respeito. Para ela, respeito até demais, porque a garota está louca para transar com ele. Enquanto eles não se resolvem, Tom vai ajudá-la com suas atribulações.

O que poderia ser uma produção romântica bobinha ganha outra dimensão com três pontos favoráveis. O roteiro, com situações que remetem a outras letras de George Michael, foi escrito por Emma Thompson (que faz o papel da divertida mãe de Kate) e pela escritora moderninha Bryony Kimmings, e é um primor. Combina a esperteza e o cinismo que caracterizam um bom texto britânico.

Outro destaque é Londres na véspera do Natal. Poucas vezes a cidade esteve tão bonita na tela. E, por fim, é impressionante a quantidade de boas canções que George Michael gravou, tanto no Wham! quanto na carreira solo.

Quando o filme envereda por uns lances de fantasia, a maioria da plateia já foi capturada pela histórica simpática e envolvente. Alguém mais ranzinza poderá reclamar da solução final, mas é um bom desfecho se o público comprar a ideia de um filme sem nenhum medo de ser romântico.

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