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Cinema

Mostra Internacional de Cinema de SP exibe de graça filmes em realidade virtual

Curtas permitem que espectador interaja com a história com ajuda de óculos, fones e controles

São Paulo

Vestindo óculos de realidade virtual, fones de ouvido e segurando dois controles, a plateia entra no labirinto de Creta. Quem guia o visitante é Cora, uma garota de vestido branco dublada pela atriz Alice Braga.

Dentro desse mundo digital, percorremos o emaranhado de paredes de pedra, portões e colunas, sob um céu nublado. Para descobrir a saída, é preciso andar para lá e para cá e apertar os botões dos controles. Ao passar perto de um precipício, dá até para sentir um friozinho na barriga.

'Lavrynthos', curta-metragem em realidade virtual exibido no Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Cena de 'Lavrynthos', curta em realidade virtual exibido no Mostra de Cinema de SP - Divulgação

Este é o enredo de "Lavrynthos", curta-metragem em realidade virtual que faz parte da programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O labirinto, é claro, existe só virtualmente —a cena para quem olha de fora é a de algumas pessoas zanzando pelo espaço usando os aparelhos de realidade virtual.

O festival de cinema exibe ao todo oito produções com essa tecnologia, que duram de 8 a 28 minutos. Cada uma tem uma trama diferente, e parte delas permite interação do público. Em comum a todas, é possível olhar para todas as direções, em um giro de 360º, e se ver imerso na história.

Em "Gravidade", também produzido pelo paulistano Amir Admoni e pelo peruano Fabito Rychter, o público acompanha dois irmãos que vivem amarrados um ao outro em um mundo sem gravidade e em preto e branco. Com a ajuda dos controles, é possível interagir com o mundo dos personagens e brincar com objetos como caixas, pneus e cadeiras.

No curta "Marco e Polo Dão uma Volta", de Benjamin Steiger Levine, o cinéfilo é inserido dentro da casa de um casal que começa uma discussão. Na colorida "O Cesto Milagroso", é possível brincar com borboletas e plantar sementes em um cenário de árvores, plantas e animais.

Outras histórias são mais contemplativas. Em "Jardim das Delícias", de Carolin Wedler, os visitantes passeiam por uma reconstrução em 3D da tela homônima do pintor holandês Hieronymus Bosch. Há ainda uma que se passa em uma guerra, uma em cachoeiras da Itália, uma animação sobre as transformações no planeta e outra sobre sonhos.

As produções nacionais são narradas em português, mas as que vêm de outros países são faladas, na maioria, em inglês, sem opção dublada ou legendada.

Este é o segundo ano que a mostra exibe produções com essa tecnologia, depois de uma pausa nas duas últimas edições provocada pela pandemia de Covid-19.

As próximas exibições ocorrem desta quarta, dia 26, até o fim do evento, em 2 de novembro, no Sesc 24 de Maio, no centro da cidade —exceto no domingo (30). Também há sessão no CEU Vila Atlântica, na zona norte, na segunda, dia 31. Todas são gratuitas e ocorrem das 15h30 às 20h30.

Enquanto isso, a mostra segue com a programação de 223 filmes, exibidos em salas de cinema. Os ingressos são pagos, com preços a partir de R$ 24. Em paralelo às sessões presenciais, alguns filmes são exibidos pela internet, nas plataformas Sesc Digital e Spcine Play. Além disso, sessões grátis estão programadas.

CEU Vila Atlântica
R. José Venâncio Dias, 840, Jaraguá, região norte. Seg. (31), das 15h30 às 20h30. Grátis


Sesc 24 de Maio
R. Vinte e Quatro de Maio, 109, República, região central. De 26/10 a 2/11, das 15h30 às 20h30 (exceto 30/10). Grátis

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