Em "O Senhor das Chaves", novo espetáculo de Alexandre Roit, um dos fundadores do grupo Parlapatões, a narrativa assume o risco ao interagir com a plateia, que entra em cena.
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A peça está em cartaz no teatro Cacilda Becker (zona oeste de São Paulo) aos sábados e domingos até 13/10. Os ingressos custam R$ 2.
Com direção de Pedro Pires e dramaturgia de Rodrigo Matheus, o espetáculo navega pelas lembranças de um pescador sem memória, mas não sem histórias.
A todo momento ele se pergunta o que está fazendo ali e que lugar é aquele, trazendo à tona o jogo teatral.
Ávidas em participar, as crianças rapidamente entram na brincadeira, que traz uma dinâmica de caça ao tesouro, bem conhecida da plateia. O desafio é muitas vezes controlar o excesso de excitação.
Ao abrir baús, surgem narrativas de sereias e gigantes, entre outros personagens lendários do mar. Da bagagem do pescador, estão também guardados números circenses, como o de malabares, fortes elementos das histórias.
Quando o jogo da interação parece que vai desandar, Roit demonstra habilidade no diálogo com a plateia. Se o menino faz cara de pânico ao subir ao palco, o pescador não ignora e pergunta: "Está com vergonha? Se quiser desistir, não tem problema".
Assim como a vida no mar, o jogo no palco é cheio de perigos.
Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.
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