A agenda de shows de k-pop está agitada neste ano. Com o fim da fase mais aguda da pandemia, artistas da música pop da Coreia do Sul vêm desembarcando no Brasil com mais frequência.
Até o fim do ano, ao menos dez shows estão confirmados. A vinda desses artistas também cresce com a popularização do estilo no Brasil, onde a comunidade coreana celebra 60 anos de imigração.
Quem tem interesse em conhecer o gênero vai encontrar peculiaridades em relação ao pop brasileiro ou americano, por exemplo. Uma delas é que esses eventos são marcados pela interação dos grupos com os fãs.
Veja a seguir um manual com os principais pontos para marinheiros de primeira viagem aproveitarem melhor a experiência. Confira também o calendário de apresentações em São Paulo.
De olho na performance
Esqueça a bateria, as guitarras e outros instrumentos no palco. Bandas ao vivo não costumam fazer parte das performances do k-pop. As músicas são colocadas para tocar digitalmente —já que um dos grandes destaques mesmo é a coreografia.
Sem abertura
Bandas e artistas de abertura ficam de fora desse tipo de apresentação. Segundo produtoras especializadas, as empresas que gerenciam os grupos não querem atrelar suas imagens à de outros nomes.
Longa duração
Os shows do pop sul-coreano costumam durar de 1h30 a 3h —tempo que durou a apresentação do BTS, em 2019. Nesse período, os artistas cantam, dançam e interagem com os fãs.
De volta ao playback
O uso da ferramenta é comum nessa indústria, especialmente em apresentações com coreografias mais intensas. A música de estúdio ou uma pré-gravação ao vivo é tocada enquanto o artista dubla. Mas isso não acontece em todas as canções.
Coreografia sincronizada
É uma das principais características das performances do gênero. Os integrantes as executam até em canções mais lentas.
Bastões de luz
Os "lightsticks" são um dos principais itens das performances. São bastões de luz agitados pelos fãs, que mudam de cor e piscam de acordo com a música. Cada grupo tem o seu, e os formatos podem variar entre uma coroa ou um diamante, por exemplo. Comandos, como a frequência das rajadas de luz, são ativados via Bluetooth pela organização.
Hora do discurso
Ment é o nome dado para o momento de discurso dos astros no palco, no início e no fim do show. Mesmo com grupos numerosos, cada integrante tem alguns minutos para se apresentar e conversar com a plateia. Um intérprete traduz para português o que é dito em coreano.
Pausa para o vídeo
A sigla VCR, ou Video Cassette Recorder (o nome em inglês do toca-fitas), indica vídeos curtos exibidos para entreter o público durante a troca de roupas e mudanças no palco. Costumam contar uma história cômica ou fazer brincadeiras. Apesar do nome, são gravados digitalmente.
Relação interativa
Fanchant é como se chama o coro sincronizado do público. Nele, os fãs cantam determinados trechos das canções —geralmente o final de cada frase e o refrão. Isso varia de acordo com o artista e a música. A reação inclui dizer em voz alta o nome de ídolos ou frases como "nós te amamos".
Mensagem na faixa
É comum que fãs levem banners de papel com frases em coreano, exibidas durante uma música escolhida na apresentação. Criadas pelos fã-clubes e distribuídas no evento, mostram trechos de canções ou frases de incentivo, como "nós voamos juntos".
After show
Eventos de interação com fãs são comuns. Há o "fansign", no qual os artistas cantam e autografam álbuns, o "hi-touch", em que os fãs cumprimentam os artistas com um toque de mãos, e o "send-off", que dá direito a se despedir dos artistas na saída da casa de shows. Os ingressos são cobrados à parte.
Fontes: Highway Star e Storyvent
SHOWS DE K-POP EM SP
Aespa
O quarteto, que debutou durante a pandemia, traz a turnê "Synk: Hyper Line" em sua primeira passagem pelo Brasil, no dia 11 de setembro. Um dos principais grupos femininos do momento, vai apresentar músicas de seu terceiro EP, "My World", e hits como "Next Level", "Savage" e "Illusion".
Espaço Unimed - r. Tagipuru, 795, Barra Funda, região oeste. 11/9, às 20h30. A partir de R$ 490, em ticketmaster.com.br
Asia Star Festival
O evento dedicado à cultura asiática tem shows dos grupos femininos de k-pop Class:y e Tri.be e a boyband 2Z. O cantor tailandês Jeff Satur, o japonês Miyavi e o grupo chinês Boy Story completam o line-up. Além das apresentações, há eventos de interação com os fãs, como o "hi-touch".
Espaço Unimed - r. Tagipuru, 795, Barra Funda, região oeste. 7/7, às 16h. A partir de R$ 460, em eventim.com.br
Bloo
Em sua primeira passagem pelo Brasil, o rapper coreano faz apresentação única neste sábado, dia 18. Entre suas músicas mais famosas estão "Downtown Baby", "I'm the One" e "Drama".
Vip Station - r. Gibraltar, 346, Santo Amaro, região sul. 18/3, às 19h. A partir de R$ 370, em clubedoingresso.com
Epik High
Um dos maiores nomes do hip hop na Coreia do Sul, o trio de rap vem a São Paulo pela primeira vez para show no dia 6 de agosto. Fundado em 2003, o grupo é composto por Tablo, Mithra e DJ Tukutz. Eles também se apresentam no Rio de Janeiro no dia 4.
Vibra - av. das Nações Unidas, 17.955, Jardim Dom Bosco, região sul. 6/8, às 20h30. A partir de R$ 370, em sympla.com.br
Jackson Wang
O cantor nascido em Hong Kong faz parte do grupo GOT7, um dos mais conhecidos do k-pop. Agora, ele embarca em turnê da carreira solo para divulgar seu segundo álbum, "Magic Man". Na setlist, estarão músicas como "Blue", "Cruel" e "Blow".
Espaço Unimed - r. Tagipuru, 795, Barra Funda, região oeste. 15/5, às 21h. A partir de R$ 460, em livepass.com.br
OnlyOneOf
Formado por seis integrantes, o grupo masculino faz show em São Paulo no dia 21 de abril e em Brasília, no dia 19. Os fãs poderão ouvir canções como "Savanna" e "Time Lapse", do álbum de estreia, e "Libido", que tem coreografia com pegada sensual.
Vip Station - r. Gibraltar, 346, Santo Amaro, região sul. 21/4, às 20h. A partir de R$ 300, em sympla.com.br
Mirae
Com quatro EPs na bagagem, o boygroup faz um show e uma sessão de autógrafos na capital paulista. Músicas dançantes, como a mais recente "Drip n' Drop", devem agitar o público. O septeto ainda participa de fansigns no Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.
Show: Terra SP - av. Salim Antônio Curiati, 160, Campo Grande, região sul. 16/8, às 18h. A partir de R$ 240, em shotgun.live. Sessão de autógrafos: Teatro São Francisco - av. Reg. Feijó, 412, Vila Regente Feijó, região leste. 15/8, às 17h30. A partir de R$ 150
NCT Dream
Um dos boy groups mais bem-sucedidos do momento, o septeto tem seis anos de carreira e integrantes com idades de 21 a 23 anos. Eles fazem show único em São Paulo no dia 4 de julho como parte da turnê "The Dream Show 2: In Your Dream", que rodou o mundo. As músicas e coreografias têm uma pegada mais jovial, que aparecem em hits como "Candy", "Hello Future", "We Go Up" e "Glitch Mode".
Vibra - av. das Nações Unidas, 17.955, Jardim Dom Bosco, região sul. 4/7, às 20h. A partir de R$ 350, em uhuu.com
The Rose
A banda sul-coreana tem um estilo indie rock e toca instrumentos ao vivo. Em sua segunda passagem pelo país, o quarteto toca no Lollapalooza, no domingo (26), às 16h25, no palco Adidas. Esta é a primeira vez que um artista da Coreia do Sul toca na edição brasileira do festival.
Autódromo de Interlagos - av. Senador Teotônio Vilela, 261, Cidade Dutra, região sul. 26/3, às 16h25. A partir de R$ 756, em ticketsforfun.com.br
Woodz
O cantor sul-coreano faz uma apresentação única da sua carreira solo no dia 14 de julho, como parte da turnê mundial "OO-LI". O artista já chegou a morar no Brasil e fez um encontro com fãs quando integrava o grupo de k-pop Uniq. No show, Woodz vai cantar músicas como "Love Me Harder" e "Waiting" e canções de seu quinto EP, que será lançado em 26 de abril.
Terra SP - av. Salim Antônio Curiati, 160, Campo Grande, região sul. 14/7, às 20h. A partir de R$ 300, em shotgun.live
16h00
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