Montagem de Gabriel Villela discute medo a partir de Albert Camus

'Estado de Sítio' estreia na quinta (8)

Espetáculo 'Estado de Sítio', de Gabriel Villela
Espetáculo 'Estado de Sítio', de Gabriel Villela - João Caldas Fº/Divulgação
São Paulo

Em “Estado de Sítio”, peça do francês Albert Camus, uma vila na Espanha é assolada por uma peste. Na época, os anos 1940, imperava no país a ditadura franquista, e a doença que amedrontava a população era o totalitarismo. 

Ser desprovido de sentimentos que quer espalhar o caos pela vila, a peste é incorporada pelo ator Elias Andreato na montagem que Gabriel Villela estreia para o texto no Sesc Vila Mariana. Com Cláudio Fontana, Chico Carvalho e Cacá Toledo no elenco, “Estado de Sítio” estreia na quinta (8).

Na trama, que Villela encena de maneira a estabelecer uma ponte com a situação política e social brasileira, a Peste institui um governo totalitário, no qual sua autoridade é garantida pela ameaça constante de morte dos insubordinados. Cria, então, um regime burocrático e vazio, ao qual a população precisa se opor para garantir de volta a liberdade. 

Este espetáculo é um dos quatro textos teatrais escritos por Albert Camus. Outro deles, “O Mal-Entendido”, teve montagem dirigida por Ivan Andrade —diretor-assistente de “A Peste— em julho no Sesc Pinheiros.

Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Qui.: 21h. Estreia quinta (8). Até 16/12. Ingr.: R$ 12 a R$ 40. 

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