Após 45 anos, Renato Borghi reestreia montagem com textos de Brecht sobre autoritarismo

'O que Mantém um Homem Vivo?' estreia no sábado (16), no Sesc Consolação

São Paulo

O que mantém um homem vivo? A pergunta, que dá nome ao espetáculo de Renato Borghi, ressoa o tempo todo ao longo do texto, que é composto de trechos de obras consagradas do dramaturgo alemão Bertolt Brecht costurados a canções de Kurt Weill, Hanns Eisler, Paul Dessau e Jards Macalé.

Mais de 45 anos após estrear pela primeira vez, quando permaneceu em cartaz por quase quatro temporadas, em turnês nacionais, e no contexto da ditadura militar, a peça volta a ser apresentada neste sábado (16), às 21h, desta vez, no Sesc Consolação.

Questões como o autoritarismo e a busca da população por igualdade, liberdade, identidade coletiva e educação, que ocupam o centro da narrativa da peça, são transportadas ao debate da sociedade contemporânea.

E se na primeira montagem as emblemáticas músicas da trilha sonora receberam arranjos do maestro Paulo Herculano, agora, Gilson Fukushima —de “O Mistério de Irma Vap” (2019), “Molière” (2018) e “O Grande Sucesso” (2016)— assume a batuta.

No desfecho, a peça propõe uma resposta à questão que insiste em fazer. Pode parecer pouco, mas “um homem é um homem”, como diria o próprio Brecht, “e ele é muito difícil de destruir”. 

Sesc Consolação - R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. Qui. a sáb.: 21h. Dom.: 18h. Até 15/12. Estreia sáb. (16). 60 min. 14 anos. Ingr.: R$ 12 a R$ 40 p/ sescsp.org.br. 

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