Teatros não voltam de imediato em São Paulo, mesmo com permissão do governo

Oficina, Satyros e Municipal só devem retomar suas programações no ano que vem

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São Paulo

Mesmo após o anuncio de que a cidade de São Paulo progrediu para a fase verde no plano de reabertura da quarentena, nesta sexta-feira (9), os teatros devem demorar um pouco mais para serem reabertos na capital.

A Sala São Paulo deve ser a primeira a reabrir, já na próxima quinta-feira (15), com um concerto da Osesp, a partir das 19h. Além disso, por enquanto, o Teatro Bibi Ferreira e o J. Safra estão entre os poucos que já confirmaram a retomada das atividades presenciais ainda em outubro —o primeiro abre as portas no próximo sábado (17) com espetáculos infantis, enquanto o J. Safra volta à programação no dia 31.

Na programação, o Bibi Ferreira aposta em clássicos para crianças, como "Os 3 Porquinhos, O Musical", "Peter Pan & Sininho na Terra do Nunca" e "Chapeuzinho Vermelho e o Lobo". Já o Safra volta com a apresentação do espetáculo de dança "Variações em Prece".

De acordo com a prefeitura de São Paulo, apenas três teatros municipais retomarão as atividades a partir desta terça-feira (13) —Teatro Arthur Azevedo, Teatro Flávio Império e o Teatro Décio de Almeida Prado (Centro Cultural da Diversidade). Não foi divulgada a seleção de peças que entrará em cartaz em cada um. As demais casas da prefeitura seguem somente com suas programações virtuais por enquanto. ​

Enquanto isso, o Teatro Alfa informou que se prepara para reabrir em novembro com 40% da capacidade máxima, apesar de o protocolo do governo estadual prever uma lotação máxima de até 60% nas casa de espetáculos. O teatro contratou uma empresa para certificar os protocolos de limpeza e de higiene, mas ainda não tem data exata para a retomada.

As medidas sanitárias do plano de reabertura do governador João Doria também preveem que os espectadores ocupem assentos de forma intercalada, deixando dois lugares livres entre as pessoas. Se o local for ocupado por mesas, as cadeiras deverão ter distância de um metro entre si.

Os teatros da Fiesp, do grupo Parlapatões, da Aliança Francesa e o Porto Seguro estão, por enquanto, sem previsão de retomada —os dois últimos mantêm uma programação de espetáculos online.

Em meio a uma crise envolvendo sua entidade gestora, o Theatro Municipal cancelou todas as suas apresentações deste ano e deve voltar só no ano que vem.

Já o Satyros, tradicional companhia com sede na praça Roosevelt, anunciou que só abrirá quando houver controle absoluto da pandemia. O grupo Oficina, do diretor Zé Celso, prevê reabrir o teatro projetado por Lina Bo Bardi, no bairro da Bela Vista, só em março do ano que vem.

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