Grandiosidade, primor e uma técnica extremamente trabalhada são o eixo do musical "A Noviça Rebelde", que, depois de atrair 190 mil espectadores em sua temporada no Rio de Janeiro (RJ), chega ao palco do teatro Alfa, na região sul de São Paulo, nesta sexta-feira (20).
A superprodução, que recebeu cinco indicações ao Prêmio Shell de Teatro, garantiu aos diretores Charles Möeller (direção geral) e Claudio Botelho (direção musical) o prêmio na categoria especial, pela contribuição ao gênero musical no cenário carioca.
Um elenco formado por 44 atores-cantores, que se revezam entre 31 personagens, conta uma adaptação da história verídica da família Von Trapp, escrita em 1949 por Maria Augusta Trapp, no livro "The Story of the Trapp Family Singers". A montagem apresenta uma versão brasileira do texto estreado na Broadway em 1959. E foge em alguns aspectos do clássico ganhador de cinco prêmios Oscar, "The Sound of Music" (EUA, 1965), protagonizado pela atriz Julie Andrews.
"Optamos por manter o viés político do texto, além da ordem das músicas que, no filme, por exemplo, estão invertidas", disse Möeller em entrevista à Folha Online. A peça, que ocorre no início da Segunda Guerra, na Áustria, mostra a contrariedade do capitão Georg Von Trapp com relação ao nazismo.
Música
O musical parte do momento em que a jovem Maria (Kiara Sasso) deixa o convento para ser a nova babá dos sete filhos do viúvo Von Trapp (Saulo Vasconcelos). As crianças, que vivem em um regime de ordem e afugentam todas as moças que aparecem para cuidar delas, passam a viver com música quando a noviça entra em suas vidas.
O elenco infantil é, em muito, responsável pelo encanto proporcionado pela peça. Para chegar aos 20 pequenos, que formam os três elencos completos da montagem, foram "testadas" 2.000 crianças. "Recebemos 3.000 inscrições, selecionamos 2.000 crianças, 500 foram para a final e, assim, conseguimos reunir um grupo incrível", ressalta Möeller.
Maria se apaixona e casa com o capitão. Agora, o casal e as sete crianças precisam urgentemente achar uma saída, já que os alemães invadem o país e exigem a todo custo que, a contragosto, Georg se junte a eles.
A produção, que tem duração de 2h45, com intervalo de 15 minutos entre os dois atos, permanece em cartaz até 2 de agosto, com possibilidade de prorrogação.
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Direção: Charles Möeller. Classificação etária: livre. | Leia mais no roteiro |
As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações |
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