Dramaturgo amazonense retrata questão indígena em quatro peças

"Jaguar Cibernético", a "tetralogia canibal" do dramaturgo amazonense Francisco Carlos (autor de textos como "Banana Mecânica" e "Namorados da Catedral Bêbada"), chega aos palcos paulistanos nesta quarta-feira (6), depois de uma passagem com destaque na mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba deste ano.

Crédito: Divulgação Cena da peça "Floresta de Carbono - De volta ao Paraíso Perdido", que integra a teatrologia "Jaguar Cibernético, do amazonense Francisco Carlos

Nas quatro peças --autônomas e apresentadas em duplas no galpão do Sesc Pompeia (zona oeste)--, o dramaturgo usa figuras mitológicas e da tradição brasileira para falar da questão indígena e discutir a alteridade entre culturas. O autor parte do jaguar, figura presente em rituais canibalísticos, para falar de altruísmo.

A primeira montagem, "Banquete Tupinambá", se passa na época do Descobrimento e retrata canibais que se contagiam com a chegada do jaguar, entre trocas e alianças e guerras de vinganças. Em "Aborígene em Metropolis", o cenário é o tempo atual, no qual um jovem índio embarca em uma viagem iniciática pela Metrópolis para realiza seus ritos em logradores urbanos, sofre estranhas metamorfoses e se transforma num felino-virtual.

"Xamanismo the Connection" traz uma reunião imaginária de drogados e é mediada por um jovem xamã à espera de um cowboy e de um traficante de drogas que não aparece nunca. Já a derradeira "Floresta de Carbono - De Volta ao Paraíso Perdido" narra a saga de um índio, acompanhado por figuras midiáticas, que tenta encontrar um novo Éden em busca de uma espiritualidade perdida pelo Ocidente.

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