Filme com Sandra Bullock e George Clooney mescla economia narrativa e arrojo visual

Por um desses exageros que acometem frequentemente críticos de todo o mundo, "Gravidade", novo longa do diretor mexicano Alfonso Cuarón, tem sido considerado um dos filmes de ficção científica mais importantes dos últimos tempos, sendo comparado a "2001 - Uma Odisseia no Espaço", do famoso diretor americano Stanley Kubrick.

Esquecendo tamanho absurdo, é possível encontrar valores no filme de Cuarón, entre os quais o maior é seu senso de ritmo, responsável por fazer com que os 90 minutos de duração passem como se fossem 30.


Sandra Bullock --longe dos cinemas desde "Tão Forte e Tão Perto", de 2011-- é a doutora Ryan Stone, engenheira espacial que tem sua primeira missão fora da Terra ao lado do experiente astronauta Matt Kowalski (George Clooney). Uma chuva de meteoros faz com que ambos se desprendam da base espacial e fiquem à deriva na imensidão silenciosa do espaço. Eles precisam então lutar pela sobrevivência e por uma chance de voltar para casa.

Cuarón é o diretor do melhor episódio da série Harry Potter (o terceiro, "O Prisioneiro de Azkaban", de 2004) e da competente fábula apocalíptica "Filhos da Esperança" (2006). "Gravidade" é uma curiosa mescla entre economia narrativa e arrojo técnico. Mas esse endeusamento que circunda o filme está bem longe de ser justificado.

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