Crítica: Em SP, peça reúne contos de diversas realidades infantis

Bem acompanhados por músicos no palco, cinco carismáticos atores da cia. Tranquila enfatizam que o jogo teatral segue a mesma lógica do jogo de imaginar na peça "Contos de Cinco Cantos", dirigida por Bete Dorgam. A peça cumpre temporada no Centro Cultural São Paulo, no centro, e o ingresso custa R$ 10.

Com soluções cênicas simples, assim como numa brincadeira de criança, eles narram e encenam histórias curtas e cantadas, que tratam de diferentes realidades infantis -numa aldeia, num hospital, num orfanato.

Apesar de ser frágil e manjado o mote para abrir e encerrar o espetáculo, a tessitura narrativa de Simone Boer enreda facilmente a plateia. A sucessão de contos, todos cativantes, tem fluidez.


A música e a sonoplastia ao vivo ajudam o elenco na condução da narrativa, ora pontuando climas, ora ajudando a narrar histórias como a do indiozinho que sai para uma caçada frustrada e a do rei que vira tirano sempre que usa a coroa.

De forma sutil na dramaturgia, o grupo indica que o espetáculo resultou de uma pesquisa por diferentes instituições que acolhem crianças. Essa escuta do universo infantil repercute com uma sensibilidade extra na montagem.

Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.

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