Foi por acaso que Antonio Fagundes e o filho Bruno se encantaram, ao mesmo tempo, pela peça "Vermelho", que estreia nesta sexta-feira (30) e inicia a programação do teatro GEO (zona oeste de São Paulo).
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Ambos leram o texto por indicação de amigos. Procuraram um ao outro para contar com entusiasmo sobre a obra, sem saber, de início, que se tratava da mesma coisa. A partir de então, o projeto ganhou forma com pai e filho em cena e direção de Jorge Takla.
Escrita pelo norte-americano John Logan, a premiada peça retrata um já maduro e carrancudo Mark Rothko (Fagundes), artista abstracionista (1903-1970) cujo trabalho é marcado pelo estudo da cor.
Em 1958, ele recebe o jovem assistente Ken (Bruno) para auxiliá-lo na produção de grandes murais. O encontro logo gera uma série de choques entre o antigo e o novo.
"O texto tem vários níveis de leitura: o embate ideológico, o conflito de gerações e a relação entre mestre e pupilo", diz Fagundes.
Na busca pelos tons rubros de Rothko, o cenário de Takla traz um clima mais trágico. Releituras das obras do pintor completam o visual do palco, que recria o ateliê do artista.
Para viver a dupla, Fagundes e o filho fizeram workshops sobre tintas e manuseio de pincéis. Ao final de cada sessão, pretendem fazer um bate-papo com o público.
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