O que o musical "Priscilla, Rainha do Deserto" conta nos palcos é a história de um transexual e de duas drag queens que resolvem viajar juntos para fazer um grande show --e resolver questões pessoais. Será que o tema afasta as famílias da plateia?
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"Acho que nossa meta é a plateia interessada e que sai mexida do espetáculo. Se é família ou não, não faz diferença, porque mantemos o mesmo nível de energia e entrega", diz Saulo Vasconcelos, um expert em musicais, que interpreta o mecânico Bob.
"Sei que algumas famílias saem emocionadas, ou porque se identificam diretamente ou porque se dão conta de que precisam ter mais tolerância com gays e transexuais", completa.
Já Ruben Gabira, que interpreta Bernadette, conta que o público é basicamente familiar. "Tivemos muitas crianças na plateia, acompanhadas pelos pais, casais de idosos, jovens, adolescentes, ou seja, tivemos sempre um público muito eclético, inclusive o público gay e GLS."
O musical fica em cartaz só até o próximo domingo (dia 9) no Teatro Bradesco (zona oeste de São Paulo). A maratona com as últimas seis apresentações começa nesta quinta (6), com ingressos que custam de R$ 40 a R$ 250. Para comprar, acesse o site Ingresso Rápido.
E por que vale a pena correr para ver "Priscilla", que é baseado no filme homônimo de 1994? Segundo Saulo, a resposta é simples: "Pelas músicas incríveis, porque é um filme histórico, tem personagens divertidíssimos e, finalmente, e mais importante, porque tem o melhor elenco de musicais do Brasil!".
Gabira diz que "o musical oferece não só entretenimento, mas trata de temas como a tolerância diante das diferenças, sejam elas quais forem, e princípios como a amizade, o respeito, a aceitação, superação e transformação das dificuldades desses três personagens tão marginalizados pela sociedade".
E conclui: "Além disso, 'Priscilla' tem cenários, figurinos e um ônibus que fascinam a plateia todas as noites, e grandes hits das discotecas dos anos 70 e 80 cantados por um elenco top de musicais."
23h00
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