Novo teatro da rua da Consolação anuncia peças premiadas até o fim do ano

Na próxima sexta-feira (15), abre as portas na cidade de São Paulo um novo espaço dedicado às artes cênicas, mas não somente à apresentação de peças. Há também um viés pedagógico.

Nascido em 1998 em Belo Horizonte, o Ecum (Encontro Mundial de Artes Cênicas) ocupa o espaço do antigo Teatro Coletivo (rua da Consolação, 1.623, região central).


A equipe é formada por Guilherme Marques (direção geral); Ruy Cortez (direção artístico-pedagógica); Rafael Steinhauser (direção executiva); Erica Teodoro (direção de produção); Antonio Araujo e Maria Thais (consultores artístico-pedagógicos); Ana Teixeira e Fernando Mencarelli (diretores associados) e Gênia Kolesnikova na direção de relações internacionais.

A programação tem início na sexta (15) com a "Trilogia Pirandello", de Cacá Carvalho. Até o fim do ano, já estão confirmados 17 espetáculos, muitos deles premiados e aclamados pela crítica. As ações pedagógicas (encontros, palestras) devem acontecer a partir de junho deste ano.

Todos os ingressos das peças custam R$ 40 e serão vendidos pelo site www.ingresso.com, pelo telefone 0/xx/11/4003-2330 ou na bilheteria do teatro.


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

15/2 a 10/3 - Trilogia Pirandello
O ator Cacá Carvalho, dirigido pelo italiano Roberto Bacci, apresenta três montagens baseadas em textos do dramaturgo Luigi Pirandello: "O Homem com a Flor na Boca", "A Poltrona Escura" e "umnenhumcemmil".

16/2 a 30/3 - Pornô - Falcatrua Nº 18633
A trama de Eduardo Ruiz, dirigida por Gustavo Machado, apresenta o reencontro dos mesmos amigos do filme "Trainspotting". Após dez anos, Sicky Boy retorna à sua cidade natal, arquiteta falcatruas e se envolve na produção de um filme pornográfico.

20/2 a 14/3 - A Pior Banda do Mundo
A Cia. dos Outros coloca em cena artistas na iminência de um fracasso, uma banda que ensaia há dez anos sem nunca ter se apresentado. A peça é uma adaptação dos quadrinhos homônimos do português José Carlos Fernan.

Crédito: Ale Catan/Divulgação Antonio Salvador e Eduardo Okamoto ganharam o prêmio da APCA na categoria melhor pel peça "Recusa"
Antonio Salvador e Eduardo Okamoto ganharam o prêmio da APCA na categoria melhor pel peça "Recusa"

20/2 a 14/3 - Hotel Lancaster
A peça de Mário Bortolotto, dirigida por Marcos Loureiro, se passa em uma noite de Réveillon, quando viciados e traficantes de drogas se encontram em um hotel decadente do centro de São Paulo.

22/2 a 16/3 - Dizer e Não Pedir Segredo
Dirigida por Luiz Fernando Marques (do Grupo XIX), a peça do Teatro Kunyn joga foco na homossexualidade e revela para o público o assunto ainda tratado apenas na intimidade.

15/3 a 14/4 - Recusa
A cia. Balagan, dirigida por Maria Thais, retrata dois índios (Antonio Salvador e Eduardo Okamoto) pertencentes ao grupo piripkura que vivem como nômades, perambulando por fazendas madeireiras. O grupo piripkura é considerado extinto há mais de 20 anos e os índios só são localizados por causa das gargalhadas que dão ao contarem histórias um para o outro. Os dois índios, no entanto, recusam qualquer contato com os brancos.

Sala 1. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 20h

20/3 a 11/3 - Prometheus
A Cia. Teatro Balagan articula, a partir de estudos e improvisações dos atores, diversas fontes sobre o mito grego de Prometeu, sobre a origem da raça humana. A dramaturgia de Leonardo Moreira (diretor da Cia. Hiato) traz referências também a poemas e trechos de obras de autores como Goethe, Franz Kafka, Pirandello, André Gide e Kazantzákis. A encenação também traz influências da música e da dança.

Sala 2. Qua. e qui.: 21h

20/3 a 11/4 - Música para Cortar os Pulsos
Em dez cenas curtas, a peça da cia. Empório de Teatro Sortido apresenta os universos particulares de três jovens em torno dos 20 anos. Com estrutura de monólogos intercalados, a tríade vai pouco a pouco desfolhando seus sentimentos íntimos.

Sala 1. Qua. e qui.: 21h

22/3 a 7/4 - Obscena Senhora D
O Circo do Silêncio encena o texto de Hilda Hilst, sobre uma mulher sexagenária que decide viver num vão de escada onde se entrega a uma busca incessante pelo sentido das coisas.

Sala 2. Sex. e Sáb.: 21h. Dom.: 20h

7 a 28/4 - De Todos os Cantos do Mundo
Criado para crianças, o musical do grupo Mawaca traz canções que passeiam por sons trazidos de países como Irlanda, Japão, México, França, Portugal, Bulgária e Brasil.

Sala 1. Dom.: 16h


PEÇAS CONFIRMADAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE

O Porco
Dirigida por Antonio Januzelli, a montagem underground com Henrique Schaffer mostra o depoimento de um porco na véspera do abate.

The Pillowman - O Homem Travesseiro
Em um regime totalitário, um escritor é interrogado sobre o conteúdo grotesco dos seus contos e das suas semelhanças com uma série de homicídios infantis que estão acontecendo em sua cidade. O texto de Martin McDonagh tem direção de Bruno Guida e Dagoberto Feliz.

Crédito: João Caldas/Divulgação Flavio Tolezani (esquerda) e Bruno Autran em cena do espetáculo "The Pillowman", que reestreia no segundo semestre
Flavio Tolezani (esquerda) e Bruno Autran em cena de "The Pillowman", que reestreia no segundo semestre

Árvores Abatidas ou para Luís Melo
A peça da Marcos Damaceno Cia. de Teatro trata de uma mulher que, convidada para um pomposo jantar artístico, percebe estar rodeada de talentos medíocres.

Comunicação a uma Academia
Na peça da cia. Club Noir, baseada em conto de Franz Kafka, um macaco, que se transformou em humano, relata para uma plateia de acadêmicos e estudio­sos como gradativamente abandonou sua animalidade e passou a imitar os homens.

Ficção
Em seu quarto espetáculo, a premiada Cia. Hiato brinca com o limite entre real e imaginário. Seis monólogos (são apresentados dois a cada dia) trazem elementos da biografia dos atores e questionam até onde é possível fugir da ficção.

Leia mais sobre o espetáculo

Dueto para Um
Escrita por Tom Kempinski e dirigida por Mika Lins, a peça retrata uma famosa violinista (Bel Kowarick) que é impedida de seguir com sua carreira devido a uma doença degenerativa. É então que ela procura um psiquiatra (Marcos Damigo) para tratar sua depressão. Os diálogos discutem a impotência humana e a perda. A iluminação de Caetano Vilela foi vencedora do Prêmio Shell 2010.

Leia mais sobre o espetáculo
liberdade

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