'Sami Blood' mostra racismo enfrentado por lapões na Suécia 

"Sami Blood" é uma surpresa para quem se habituou a ver os países nórdicos no topo do ranking da igualdade e da justiça social. Obra de estreia da diretora Amanda Kernell, premiado em Veneza, o filme aborda a relação de racismo enfrentada pelos sami, pastores de renas da região da Lapônia, no extremo norte europeu.

A atriz Lene Cecilia Sparrow em cena de "Sami Blood" *** ****
A atriz Lene Cecilia Sparrow em cena de "Sami Blood" - Divulgação

Na Suécia de 1930, época em que a eugenia colecionava adeptos em várias partes do mundo, os lapões eram considerados seres em um estágio mais baixo de evolução. Suas crianças estudavam em internatos criados exclusivamente para a etnia, onde falar a língua nativa era motivo de punição física, e a instrução não passava do básico. Seus cérebros pequenos não são capazes de pensar, explica a professora sueca, tentando demover a adolescente sami que rejeita sua origem e sonha seguir a mesma carreira (Lene Cecilia Sparrok, ótima).

Filha de pai sami e mãe sueca, Kernell também assina o roteiro. Sua história não alcança a força narrativa do islandês "A Ovelha Negra" ou do dinamarquês "Terra de Minas", para citar exemplos recentes, mas é um digno representante da vigorosa cinematografia escandinava.

Sessões: Dias 20, às 13h30 (Espaço Itaú - Frei Caneca 1); 21, às 18h (Cinesala); 22, às 14h (Caixa Belas Artes - sala 1); e 23, às 17h50 (Reserva Cultural 2)
Ingressos: Segundas, terças, quartas e quintas: R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia)
Sextas, sábados e domingos: R$ 22 (inteira) R$ 11 (meia); vendas pelo site Ingresso.com com antecedência de um a três dias da sessão. No dia da sessão os ingressos estarão à venda somente nas salas de cinema.

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