Saiba quais são as 50 piores produções do streaming e evite cair numa cilada

Lista inclui filmes e séries das principais plataformas Netflix, HBO Go, Amazon, Globoplay e Disney+

São Paulo

Nesses intermináveis meses de confinamento, fomos obrigados a matar o tédio correndo os olhos pelas prateleiras das plataformas de streaming. Não dá exatamente para reclamar do volume de títulos, mas haja filme ruim e série enrolada nessa oferta toda –isso sem contar com os bugs das próprias plataformas.

A Netflix, por exemplo, pode até ser pródiga na quantidade de lançamentos semanais, mas o grosso dessa produção toda é bem descartável. E dá-lhe atrações que mais parecem ter sido criadas pelo algoritmo do que por algum roteirista com cérebro.

No Amazon Prime Video é impressionante o desleixo com o acabamento na disposição das obras. Há sinopses em inglês e filmes que foram rebatizados no Brasil, mas que mantêm por ali o título original. E se alguém quiser assistir ao bom "Drugstore Cowboy", de Gus Van Sant, por exemplo, só poderá vê-lo na versão dublada.

A HBO Go tem, de longe, a pior plataforma em termos de navegabilidade: correr as prateleiras para xeretar o catálogo em ordem alfabética é um esforço hercúleo. Além disso, basta ter pausado um filme ou seriado para que ele trave e não retome de forma alguma.

Já o Disney+ faz um fuzuê em torno do tamanho do seu catálogo, mas a coisa não é assim tão impressionante. Ao menos no Brasil, a plataforma não traz "O Planeta do Tesouro", que o estúdio lançou em 2002, nem alguns dos desenhos clássicos de Mickey e companhia.

Por fim, o Globoplay, embora tenha um acervo considerável de produção nacional, é líder na quantidade de tranqueiras estrangeiras.

Veja a seguir uma lista com 50 das maiores ciladas do streaming.

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AMAZON PRIME VIDEO

Amigos para Sempre
Austrália, 2019. Direção: Shawn Seet. Com: Jai Courtney, Geoffrey Rush, David Gulpilil. 99 min. 14 anos.
A versão americana do sucesso francês "Intocáveis" não decola porque não tem a maior atração do original: o carisma de Omar Sy.
Leia a crítica.


Um Amor à Altura
França, 2016. Direção: Laurent Tirard. Com: Jean Dujardin, Virginie Efira, Cédric Kahn. 98 min. 14 anos.
A versão do filme argentino "Corazón de Léon" é tão sem graça e com piadas batidas quanto o original. Como a maioria dos filmes que partem de um preconceito para demovê-lo, neste caso o de uma mulher contra homens baixos, é uma sucessão de preconceitos bestas.
Leia a crítica.


Em Busca da Felicidade
Chasing Happiness, EUA, 2019. Direção: John Lloyd Taylor. Com: Nick Jonas, Joe Jonas, Kevin Jonas. 96 min. 12 anos.
Na onda dos documentários chapa-branca sobre ídolos pop, temos este aqui que pretende mostrar a intimidade dos Jonas Brothers. Os irmãos fofinhos despejam platitudes e fingem discussões sinceras de quase dar pena. E os produtores tiveram a pachorra de ainda fazer uma continuação.


Filhos do Paraíso
Irã, 1997. Direção: Majid Majidi. Com: Amir Naji, Mir Farrokh Hashemian, Bahare Seddiqi. 87 min. Livre
O tão incensado cinema iraniano também tem as suas besteiras, e esse melodrama é uma delas. A história do menininho que perde os sapatos da irmã é pretexto para chicotear o espectador com imagens de miséria e pais autoritários nesse filme que só impressiona os impressionáveis.


Game dos Clones
Brasil, 2020. Com: Sabrina Sato. Uma temporada (dez episódios). 16 anos.
Neste reality, um solteiro ou uma solteira precisa achar um pretendente entre sete pessoas fisicamente muito parecidas –vale dizer, só com casais heterossexuais, neste programa que também é exibido na Record. E dá-lhe um desfile de gente desinteressante, sem a graça culpada de um "De Férias com o Ex".


Moonrise Kingdom
EUA, 2012. Direção: Wes Anderson. Com: Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray. 94 min. 12 anos.
Eis aí mais uma obra superestimada de Wes Anderson, o diretor de uma nota só. Um casal de pré-adolescentes arma um plano de fuga enquanto o cineasta despeja todos os seus irritantes tiques: dos atores fazendo cara de bobo à direção de arte ornamentada.
Leia a crítica.


No Gogó do Paulinho
Brasil, 2019. Direção: Roberto Santucci. Com: Maurício Manfrini, Carlos Alberto de Nóbrega, Cacau Protásio. 89 min. 12 anos.
Não basta ser mais uma comédia cheia de piadas recicladas. Aqui, para piorar, a matéria-prima é um personagem de "A Praça É Nossa", o malandro que fala tudo errado. Nem o talento de Cacau Protásio salva esse desastre que parece só querer tirar sarro de pobre.


Sexy por Acidente
EUA/China, 2018. Direção: Abby Kohn, Marc Silverstein. Com: Amy Schumer, Michelle Williams, Rory Scovel. 110 min. 12 anos.
Nesta comédia que quer passar uma mensagem chatíssima de empoderamento feminino, até mesmo Amy Schumer consegue ficar totalmente sem graça.
Leia a crítica.


The Librarians
EUA, 2014. Direção: John Rogers. Com: Noah Wyle, Rebecca Romijn, Lindy Booth. 42 min. 14 anos.
A série tinha tudo para agradar aos amantes de literatura, afinal, a premissa é que um grupo de bibliotecários tem que solucionar mistérios. Mas a coisa desanda numa loucura fantasiosa e enfadonha.


Todos Já Sabem
Espanha/França/Itália, 2018. Direção: Asghar Farhadi. Com: Penélope Cruz, Javier Bardem, Ricardo Darín. 133 min. 12 anos.
O filme do iraniano Asghar Farhadi desperdiça Ricardo Darín, Penélope Cruz e Javier Bardem numa trama moralista.
Leia a crítica.

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DISNEY+

Caminhos da Floresta
EUA, 2014. Direção: Rob Marshall. Com: Meryl Streep, James Corden, Emily Blunt. 125 min. 12 anos.
Boas atrizes como Meryl Streep e Emily Blunt têm de se juntar a outros nem tanto, como James Corden e Anna Kendrick, em mais um musical desconjuntado dirigido por Rob Marshall, que fez uma adaptação precária da obra de Stephen Sondheim. Fuja dessa floresta.


Esqueceram de Mim 3
EUA, 1997. Direção: Raja Gosnell. Com: Alex D. Linz, Olek Krupa, Rya Kihlstedt. 102 min. Livre.
Tudo bem que o segundo filme já era um pastiche do primeiro, mas o charme de se passar em Nova York dava um toque diferente. Mas este terceiro filme nem conta com Macaulay Culkin e ainda traz uma trama mirabolante sobre chips secretos e bichos espertinhos.


Origens: A Evolução Humana
EUA, 2019. Apresentado por Jason Silva. Uma temporada (oito episódios). 14 anos.
A proposta desta série documental pode até parecer interessante: explicar a evolução por meio de temas como guerras, dinheiro e explorações. Mas o apresentador, Jason Silva, põe tudo a perder com jeito tão histriônico e artificial que parece até um youtuber.


Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
EUA, 2011. Direção: Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penélope Cruz e Geoffrey Rush. 137 min. 12 anos.
A boa franquia iniciada em 2003 ficou definitivamente à deriva a partir desta quarta incursão de Jack Sparrow, totalmente caça-níquel. Nem Penélope Cruz salva essa aventura sem alma e de estender uma saga que poderia ter acabado numa trilogia.


Sabores Extremos com Gordon Ramsay
EUA, 2019. Apresentado por Gordon Ramsay. Com: Gordon Ramsay, Sheldon Simeon, Virgilio Martínez, Michelle Costello e Monique Fiso. Duas temporadas (13 episódios). 14 anos.
Mais um caso de apresentador que derruba a atração –neste caso, o ranzinza Gordon Ramsay. O chef mais antipático do planeta viaja o mundo atrás de sabores locais, mas, como sempre, as viagens só servem para reforçar o seu ego e a sua suposta genialidade.


Star Wars: A Ascensão Skywalker
EUA, 2019. Direção: J. J. Abrams. Com: Daisy Ridley, Adam Driver e Oscar Isaac. 142 min. 12 anos.
J. J. Abrams não podia terminar de maneira pior a sua visão sobre o universo de George Lucas. As pirotecnias criadas com computação gráfica só servem para esconder os buracos de um roteiro sem sentido e que envergonha a trilogia clássica criada na década de 1970.
Leia a crítica.


Star Wars: Ataque dos Clones
EUA, 2002. Direção: George Lucas. Com: Ewan McGregor, Natalie Portman e Hayden Christensen. 142 min. Livre.
Quem foi o gênio que inventou esse mestre Yoda malfeito, criado com computação gráfica, e fazendo pirotecnias? Ele resume bem os efeitos especiais extravagantes e vazios deste filme, que ainda piora com o pouco carismático Hayden Christenssen no papel principal.
Leia a crítica.


Taylor Swift Folklore - Sessões no Long Pond Studio
EUA, 2020. Direção: Taylor Swift. Com: Aaron Dessner, Jack Antonoff, Justin Vernon, Taylor Swift. 100 min. 10 anos.
Quem aguenta Taylor Swift, não é mesmo? Neste documentário, o espectador precisa suportar quase duas horas da cantora mais sem sal da música pop falando sobre as composições de seu mais recente álbum num clima bucólico, com som de grilos ao fundo.


Thor: O Mundo Sombrio
EUA, 2013. Direção: Alan Taylor. Com: Chris Hemsworth, Natalie Portman e Tom Hiddleston. 112 min. 12 anos.
Convenhamos, Chris Hemsworth é um ator tão limitado que faz Schwarzenegger parecer a Fernanda Montenegro com anabolizantes. Se o primeiro “Thor” tinha alguma graça ao mostrar o herói deslocado na Terra, esse não tem encanto algum. E fez até o ator Christopher Ecclestone se arrepender de ter participado dele.
Leia a crítica.


Vingadores: Ultimato
EUA, 2019. Direção: Joe Russo, Anthony Russo. Com: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo. 181 min. 12 anos.
O filme de maior bilheteria da história da Marvel é uma maçaroca narrativa que desperdiça um punhado de nomões hollywoodianos na pele de dezenas de personagens que se revezam na tela. A cena de batalha no clímax não cria catarse nenhuma, só um alívio por mostrar que o filme está acabando.
Leia a crítica.

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GLOBOPLAY

O Candidato Honesto
Brasil, 2014. Direção: Roberto Santucci. Com: Leandro Hassum, Luiza Valdetaro e Victor Leal. 110 min. 12 anos.
Pouca coisa envelheceu tão mal quanto essa sátira boba que veio na onda da antipolítica. Aqui se tenta transformar em piada todo o tipo de senso-comum que qualquer tiozão de churrasco fala sobre políticos. E um careteiro Leandro Hassum tenta fazer rir com elas.
Leia a crítica.


Cine Holliúdy
Brasil, 2012. Direção: Halder Gomes, Renata Porto d'Ave, Patricia Pedrosa. Com: Edmilson Filho, Falcão, Gustavo Falcão e Heloisa Perissé. 91 min. 12 anos.
Como estragar o universo de uma das mais gratas surpresas do cinema nacional? Pegue uma comédia brilhante cuja graça estava ancorada no seu regionalismo e a transforme numa série pasteurizada e cheia de atores da Globo forçando o sotaque cearense.


Cinquenta Tons de Cinza
EUA, 2015. Direção: Sam Taylor-Johnson. Com: Dakota Johnson, Jamie Dornan e Jennifer Ehle. 125 min. 16 anos.
O sucesso do livro, um grande best-seller, levou o cinema a apostar nesta adaptação que é ainda mais melosa. A cena em que Anastasia vê os carros de luxo de Grey é de se esconder embaixo do sofá de vergonha.
Leia a crítica.


Crô em Família
Brasil, 2018. Direção: Cininha de Paula. Com: Marcelo Serrado, Arlete Salles e Fabiana Karla. 94 min. 12 anos.
Já é difícil aguentar Marcelo Serrado no papel desse que é um dos personagens mais ofensivos da história da televisão. Mas dá para ficar pior. É só escalar os caricatos Fabiana Karla e Jefferson Schroeder para contracenar com ele nessa continuação totalmente dispensável.
Leia a crítica.


Duas Garotas em Apuros
EUA, 2011. Roteiro: Whitney Cummings, Michael Patrick King. Com: Beth Behrs, Kat Dennings e Garrett Morris. Seis temporadas (138 episódios). 12 anos.
Supostamente cômica, essa série conta a história de duas garçonetes falidas, interpretadas por uma dupla de atrizes histéricas que tentam imitar a dinâmica de "Two and a Half Men". Entre piadas sobre estupro e estereótipos raciais, figurou entre as piores séries do ano em listas do começo da década.


Fina Estampa
Brasil, 2011. Direção: Wolf Maya. Com: Lilia Cabral, Cristiane Torloni e Dalton Vigh. 185 episódios. 12 anos.
Por causa da pandemia nos vimos obrigados a rever esta novela na TV, mas não clique nela voluntariamente na plataforma. Embora seja de 2011, tudo ali parece do século passado, desde a Pereirão de Lilia Cabral aos diálogos mais triviais. Sem contar o personagem Crô, que ainda ganhou filmes, também disponíveis no Globoplay.
Leia a crítica.


Manifest - O Mistério do Voo 828
EUA, 2018. Roteiro: Jeff Rake. Com: Melissa Roxburgh, Josh Dallas, J. R. Ramirez e Athena Karkanis. Três temporadas (31 episódios). 14 anos.
Um elenco composto pelos piores atores do mundo, incluindo a sofrível Melissa Roxburgh, tem de se virar uma história sem fundamento sobre um avião desaparecido. É uma série que só prova que a tal era de ouro da televisão não é assim tão dourada como pensam os mais afoitos.


Passageiros
Austrália/EUA, 2016. Direção: Morten Tyldum. Com: Chris Pratt, Jennifer Lawrence, Laurence Fishburne e Michael Sheen. 116 min. 12 anos.
Ao contrário do que diz a sinopse, neste filme de ficção científica não é uma pane na nave espacial que acorda dois tripulantes que deveriam hibernar por anos, mas sim um é acordado e resolve acordar outro. Quer sacanagem maior? E ainda a relação dos dois é um romance. Não cola.


Todas as Mulheres do Mundo
Brasil, 2020. Direção: Ricardo Spencer, Renata Porto d'Ave. Com: Emílio Dantas, Sophie Charlotte e Martha Nowill. Uma temporada (12 episódios). 14 anos.
A ideia de atualizar o delicioso longa de Domingos Oliveira descamba para uma chatice e Paulo se torna um personagem ególatra e insuportável, muito distante do boa praça de Paulo José no longa de 1966.


A Verdade sobre o Caso Harry Quebert
EUA, 2018. Direção: Jean-Jacques Annaud. Com: Patrick Dempsey, Ben Schnetzer e Damon Wayans Jr. Uma temporada (dez episódios). 14 anos.
A série com Patrick Dempsey (Grey's Anatomy) é baseada num excelente livro, best-seller na França, do suíço Joel Dicker. O seriado, porém, se perde no esforço de deixar a trama cheia de mistérios.

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HBO GO

Batman Eternamente
Já deve haver algum consenso de que Val Kilmer foi o pior Batman da história do cinema e da televisão. E aqui só Tommy Lee Jones como Duas Caras salva alguns minutos de um horror dos anos 1990.


Comer, Rezar, Amar
O filme inspirado num best-seller de quase autoajuda é ruim. Mas a mensagem positiva e as belas paisagens podem até ajudar aqueles dias de bode e frio em casa quando você está meio para baixo.
Leia a crítica.


O Discurso do Rei
Austrália, EUA e Inglaterra, 2010. Direção: Tom Hooper. Com: Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter. 118 min. 12 anos.
O bom do desastre de "Cats" é que ele serviu para mostrar, de uma vez por todas, que o diretor Tom Hooper é um embuste. Mas muita gente ainda não tinha caído em si no começo da década, quando ele levou o Oscar por essa cinebiografia sem graça e chapa-branca sobre o rei George 6º.
Leia a crítica.


Fahrenheit 451
A audácia da nova versão do longa clássico de François Truffaut poderia ser desculpada pela escalação dos maravilhosos Michaels para os papéis principais –Michael B. Jordan e Michal Shannon–, mas o resultado é tão ruim que nem a beleza dos dois salvou.


Girls
EUA, 2012. Direção: Lena Dunham. Com: Lena Dunham, Adam Driver, Jemima Kirke. Seis temporadas (62 episódios). 16 anos.
É polêmico falar mal desta série, sabemos. Mas a autocondescendência das jovens de metrópole é muito chata para acompanhar por todas as seis temporadas.
Leia a crítica.


O Hipnotizador
Brasil, Argentina e Uruguai, 2015. Direção: José Eduardo Belmonte. Com: Carla Quevedo, Lee Taylor e Leonardo Sbaraglia. Duas temporadas (16 episódios). 14 anos.
A coprodução de Argentina, Uruguai e Brasil podia ter sido uma espécie de "Babylon Berlin", misturando os segredos do inconsciente com atores bonitos vestindo roupas do começo do século 20, mas a trama da série se perde completamente e nada faz sentido.


Lion: Uma Jornada para Casa
Austrália, EUA e Reino Unido, 2016. Direção: Garth Davis. Com: Dev Patel, Nicole Kidman e Rooney Mara. 118 min. 12 anos.
O incansável cine-miséria tenta comover a Academia escalando Nicole Kidman como coadjuvante nessa história que quer exaltar o Google Earth (!). Dev Patel (e quem mais, Hollywood?) interpreta um jovem indiano que sai em busca de seus pais naturais, com quem perdeu o contato na infância.
Leia a crítica.


Os Oito Odiados
EUA, 2016. Direção: Quentin Tarantino. Com: Samuel L. Jackson, Kurt Russell e Jennifer Jason Leigh. 168 min. 18 anos.
O afã do diretor Quentin Tarantino em reescrever a história encontrou o seu ponto mais pueril neste faroeste entediante. Ali, as cicatrizes da Guerra Civil e o germe da subsequente segregação racial são pasteurizados em mais um filme cheio de referências que não chega a lugar algum.
Leia a crítica.


The Vow
EUA, 2020. Direção: Jehane Noujaim e Karim Amer. Com: Anthony Ames, Sarah Edmondson e Bonnie Piesse. Duas temporadas (16 episódios). 16 anos.
Dentro do filão de séries documentais sobre seitas bizarras, esta não consegue parar em pé. É impossível se afeiçoar a qualquer um dos incautos que caíram na lábia dos dois líderes da comunidade NXIVM, tamanhas as baboseiras com cara de autoajuda que eles falam.


Years and Years
Reino Unido, 2019. Direção: Russell T. Davies. Com: Rory Kinnear, T'Nia Miller e Anne Reid. Uma temporada (seis episódios). 16 anos.
Assustado com brexit, Trump e a ascensão da direita, Russell T. Davies criou uma série que imagina o futuro do Reino Unido. Mas a trama é uma colcha de retalhos de pesadelos que pululam em mentes liberais e que corre o risco de ficar datada agora que Joe Biden venceu as eleições.​
Leia a análise.

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NETFLIX

Bárbaros
Alemanha, 2020. Criação: Andreas Heckmann, Arne Nolting e Jan Martin Scharf. Com: Laurence Rupp, Jeanne Goursaud e David Schütter. Uma temporada (seis episódios). 18 anos.
Em busca do seu próprio "Game of Thrones", a Netflix lançou os sofríveis "Cursed" e "The Witcher" e agora esse "Bárbaros", série ambientada durante o Império Romano, que consegue ser ainda pior graças à sua ode germanófila com cheiro de libelo anti-União Europeia.


Elite
Espanha, 2018. Direção: Ramón Salazar, Dani de la Orden, Silvia Quer e Jorge Torregrossa. Com: Ester Expósito, Danna Paola e Arón Piper. Três temporadas (24 episódios). 18 anos.
A série espanhola de suspense é um pornô soft com atores jovens e carismáticos. Um novelão em que há um mistério em torno de um assassinato. É ruim. É horrível. Mas não dá para parar de assistir.
Leia a crítica.


Emily em Paris
EUA, 2020. Criação: Darren Star. Com: Lily Collins, Philippine Leroy-Beaulieu e Ashley Park. Uma temporada (11 episódios). 14 anos.
Pouca coisa pode ser mais ofensiva aos franceses do que esta série com a pouco talentosa Lily Collins no papel de uma garota que ensina aos parisienses o "jeito americano de fazer as coisas". Fútil, ganhou com mérito o rótulo de "ambient TV": funciona como um ótimo fundo enquanto o espectador se dedica a outras coisas.
Leia a crítica.


Os Infiéis
Itália, 2020. Diretor: Stefano Mordini. Com: Riccardo Scamarcio, Valerio Mastandrea e Laura Chiatti. 88 min. 14 anos.
O filme deste ano é uma versão italiana de um original, francês e de 2012, que ele mesmo não deveria existir. Uma série de esquetes sem graça com homens sendo infiéis e idiotas.


Keeping up with the Kardashians
EUA, 2009. Criação: Ryan Seacrest. Com: Kim Kardashian, Khloe Kardashian e Kourtney Kardashian. Quatro temporadas (42 episódios). 16 anos.
A Netflix traz as quatro primeiras temporadas desse reality verdadeiramente pioneiro --pioneiro na onda de elevar à fama um bando de gente sem talento e sem nada para dizer. Aqui, acompanhamos a rotina de frivolidades da família de socialites americanas Kardashian.


La La Land
EUA, 2016. Direção: Damien Chazelle. Com: Ryan Gosling, Emma Stone e John Legend. 127 min. Livre.
O filme mais chato a chegar ao Oscar nos últimos anos. Colorido demais, musicado demais, tudo é over nesta história sobre duas pessoas egoístas demais para nos fazer acreditar que seja esta uma história de amor.
Leia a crítica.


Milf
França e Bélgica, 2018. Direção: Axelle Laffont. Com: Marie-Josée Croze, Virginie Ledoyen, Axelle Laffont. 101 min. 16 anos.
O título deste filme francês totalmente sem graça remete a uma expressão para lá de machista: a sigla MILF, em inglês, significa "mãe com quem eu transaria". O termo é usado para falar de mulheres com mais de 40 anos que são fisicamente atraentes. O longa, sobre amigas que viajam a uma cidade de praia, consegue ser ainda pior que a ideia do título.


Ponte Aérea
Brasil, 2015. Direção: Julia Rezende. Com: Caio Blat, Letícia Collin e Emílio de Mello. 108 min. 14 anos.
As diferenças entre a vida em São Paulo e a vida no Rio de Janeiro são tratadas com todos os clichês possíveis nesse romance com Caio Blat no papel de um artista tranquilão e Letícia Colin vivendo uma publicitária ansiosa –tudo embalado numa reflexão rasa sobre os tormentos amorosos.
Leia a crítica.


Ted
EUA, 2012. Direção: Seth MacFarlane. Com: Mark Wahlberg, Mila Kunis e Seth MacFarlane. 106 min. 16 anos.
Nem há muito o que dizer de um filme cuja premissa é um ursinho de pelúcia que ajuda seu dono humano a ser o que ele sempre quis ser: um adulto que se comporta como um adolescente.​


​​Victoria & Abdul
EUA/Reino Unido, 2017. Direção: Stephen Frears. Com: Judi Dench, Ali Fazal e Tim Pigott-Smith. 111 min. 10 anos.
Stephen Frears consegue dar a qualquer filme uma cara de telefilme barato. E não é muito diferente nessa história que tenta ser simpática à figura da rainha Vitória e seu criado indiano, Abdul, muito embora àquele tempo sua majestade estivesse massacrando a Índia.
Leia a crítica.

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