Monet ganha duas exposições imersivas em SP, sem quadros, para viralizar nas redes

Saiba como comprar ingressos para as mostras, que têm início em setembro e outubro

São Paulo

São Paulo é uma cidade que vive de modas e tendências. Se em algum momento era impossível caminhar pela cidade sem tropeçar numa paleta mexicana, hoje são as tais exposições imersivas e instagramáveis que se multiplicam por museus, centros culturais e galerias —todos querendo tirar uma casquinha e uns trocados do público sedento por postar selfies nas redes sociais.

O novo alvo é Monet, o pintor francês impressionista, um dos maiores nomes do movimento que acabou derrubando um certo academicismo no mundo da pintura. Amante da natureza, dos jardins e das flores —não à toa ficaram famosos os jardins de Monet—, o artista ganha duas mostras tecnológicas na capital paulista.

Exposição 'Monet à Beira d'Água', sobre Claude Monet, no Rio de Janeiro
Exposição 'Monet à Beira d'Água', sobre Claude Monet, que chega a São Paulo em outubro - Divulgação

A principal tem início apenas em 21 de outubro, mas os ingressos começam a ser vendidos a partir desta quinta, dia 25. Vendida como "a maior exposição multimídia de Claude Monet", a mostra "Monet à Beira d'Água" conta com 285 obras projetadas em 4.000 metros quadrados no parque Villa Lobos. Mas não há nenhum quadro real do pintor no local.

A exposição passou primeiro pelo Rio de Janeiro e apresenta as pinturas em animações 2D e 3D, numa experiência que busca ser em 360 graus e cenário para cliques e vídeos. As entradas, que custam a partir de R$ 30, começam a ser vendidas a partir do meio-dia.

A segunda mostra tem abertura mais próxima, em 1º de setembro, mas o perfil é o mesmo. Também formada apenas por obras de arte projetadas e nenhuma pintura de verdade, "Monet le Rêve" abre as portas em Alphaville, na Grande São Paulo.

São cerca de 150 obras do impressionista, projetadas em 1.600 metros quadrados —vendidos pela organização como "ambientes perfeitos para o público tirar fotos para as redes sociais". Os ingressos partem de R$ 70.

O raio digitalizador de quadros, que agora atinge Monet, já transformou em projeções nos últimos meses obras de nomes como Portinari, Van Gogh e Renoir, que também foram alvos de exposições imersivas e instagramáveis e pipocaram em selfies distribuídas nas redes.

Agora, se alguém quiser ver de fato as pinceladas de Monet e apreciar obras do artista sem a intermediação de uma tela, o Masp tem quadros do francês —entre eles, "A Canoa Sobre o Epte". Os ingressos do museu custam R$ 50, mas às terças a visitação é gratuita.

Monet à Beira D'água

Monet Le Rêve

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