Depois de “Pedras Azuis”, de 2017, que contava a história de um homem que em público se comportava como herói, mas na intimidade doméstica abusava da mulher, A Não Companhia de Teatro, capitaneada pelo diretor Márcio Macena, volta a abordar a questão feminina nesta adaptação do clássico do norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), que estreia na sexta (14) no Espaço Parlapatões.
Desta vez, no entanto, a protagonista está longe de ser vítima. Filha de um general que morreu sem deixar herança, a personagem-título, vivida por Mel Lisboa, casou-se com o enfastiante acadêmico Jorgen Tesman (Dudu Pelizzari) quando beirava os 30 anos —na época, ele lhe parecia o candidato mais apto a lhe garantir um futuro seguro.
Quando voltam de uma temporada no exterior, no entanto, Tesman descobre que corre o risco de perder sua prometida cadeira na universidade para um antigo admirador de Hedda, o talentoso Eilert Lovborg (Rafael Maia). Este, por sua vez, largou os antigos hábitos boêmios por influência da nova amante, Thea Elvsted (Carol Carreiro).
Enciumada, a imoral Gabler —considerada uma das personagens femininas mais fortes da história do teatro— atrapalha os planos de Lovborg ao roubar e, depois, destruir sua tese.
Espaço Parlapatões - Pça. Franklin Roosevelt, 158, Consolação, tel. 3258-4449. 100 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 20h. Estreia sex. (14). Até 28/7. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ ingressoindependente.com.br.
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