Volta de Diogo Vilela aos palcos e montagem do Tapa marcam estreias da semana; confira

Espetáculos 'A Verdade' e 'Encerramento do Amor' entram em cartaz nesta semana

São Paulo

A partir desta quinta (23), seis espetáculos estreiam na capital paulista. Menos de um mês após encenar um texto de August Strindberg em "Brincando com Fogo", o Grupo Tapa volta aos palcos com "De Todas Maneiras que Há de Amar". É a primeira vez que o grupo encena peça do americano Edward Albee, sobre o fim de um relacionamento.

O tema também é visitado no espetáculo "Encerramento do Amor", adaptação  do texto do francês Pascal Rambert, em temporada no Viga Espaço Cênico. Há, ainda, o retorno de Diogo Vilela aos palcos dez anos após a última estreia na cidade, com o espetáculo "A Verdade". Sucesso internacional do dramaturgo francês Florian Zeller, a montagem narra a história de dois casais amigos.

Confira as novidades da semana no roteiro abaixo.

De Todas as Maneiras que Há de Amar
O Grupo Tapa encena, pela primeira vez, um texto do dramaturgo americano Edward Albee (1928-2016) em seu novo espetáculo “De Todas as Maneiras que Há de Amar”. A companhia continua a explorar o íntimo das relações —há menos de um mês estreou “Brincando com Fogo”, de August Strindberg. Albee é visto como um seguidores do dramaturgo sueco. Agora, Clara Carvalho e Brian Penido vivem um casal que faz uma retrospectiva de seus anos juntos. Num cenário simples e próximo ao público, marido e mulher questionam o que resta depois de tanto tempo um ao lado do outro. Sob a batuta de Eduardo Tolentino de Araujo, o espetáculo estreia na sexta (24). 
Aliança Francesa (República) - sala Atelier - R. Gen. Jardim, 182, Vila Buarque, região central, tel. 3572-2379. 50 lugares. Sex.: 21h. Sáb. e dom.: 19h30. Até 16/2. Ingr.: R$ 50. Ingr. p/ sympla.com.br.  

Grupo Tapa
Cena do espetáculo 'De Todas as Maneiras que Há de Amar', do Grupo Tapa - Ronaldo Gutierrez/Divulgação

Encerramento do Amor
Adaptação do texto do francês Pascal Rambert, o espetáculo sob a batuta de Diego Bressani aborda o fim de um relacionamento. Dentro de uma grande sala, uma mulher e um homem conversam sobre sua separação, o antes e o agora.
Viga Espaço Cênico - R. Capote Valente, 1.323, Pinheiros, região oeste, tel. 3801-1843. 73 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 19h. Até 2/2. Ingr.: R$ 30. Ingr. p/ sympla.com.br.

um homem e uma mulher se encaram em um palco
Cena do espetáculo 'Encerramento do Amor' - Henri dos Anjos/Divulgação

A Verdade
Nesta comédia de sucesso internacional do dramaturgo francês Florian Zeller, Diogo Vilela vive Michel, um homem casado que tem um relacionamento extra-conjugal. Além de esconder de sua esposa, ele precisa despistar o marido da amante, que é seu melhor amigo. Ao longo da narrativa, contudo, os dois casais vão se revelando nas pequenas hipocrisias e omissões.
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Vila Cordeiro, tel. 3279-1520. 274 lugares. Sex.: 20h. Sáb.: 21h. Dom.: 18h. Até 28/3. Ingr.: R$ 80 a R$ 90. Ingr. p/ sympla.com.br.  

Corpo
Com peças curtas de Silvia Gomez, Carla Kinzo, Fernanda Rocha, Lucas Mayor e Marcos Gomes que surgiram a partir do texto de Sigmund Freud, este espetáculo explora noções de corpo e do efeito de estranhamento que as pessoas encontram no cotidiano até, por exemplo, a chegada de um filho.
Teatro e Bar Cemitério de Automóveis - R. Frei Caneca, 384, Consolação, região central, tel. 2371-5743. 33 lugares. Sáb.: 21h. Dom.:20h. Até 15/2. Ingr.: R$ 40.

Pele Preta, Máscaras Brancas
O espetáculo da Cia. de Teatro da UFBA (Universidade Federal da Bahia) é baseado na obra do teórico do anticolonialismo Frantz Fanon. A peça se passa em 1950, 2019 e 2888; e usa elementos futuristas para falar sobre como o processo de colonização causou sofrimentos psicológicos na população negra. Sob a batuta de Onisajé (Fernanda Júlia), é a primeira vez que uma mulher negra dirige uma montagem do grupo.
Sesc Belenzinho - R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada, tel. 2076-9700. Sex.: 21h30. Sáb. e dom.: 18h30. Até 2/2. Ingressos esgotados. Ingr.: R$ 9 a R$ 30.

Zoológico Humano
A peça da Cia. Não É Safari se passa num futuro onde o genocídio da população negra chegou a tal ponto que só restam um homem e uma mulher. A narrativa se passa na jaula do zoológico onde a personagem Hutu, já esgotada, ganha a companhia Tutsi, recém-capturado. Eles estão presos para se reproduzirem, evitando a extinção. O encontro dessas formas de enfrentar o poder gera transformações em ambos.
Teatro de Contêiner Mungunzá - R. dos Gusmões, 43, Santa Efigênia, tel. 97632-7852. 99 lugares. Sáb. e dom.: 20h. Até 2/2. Ingr.: R$ 20. Morador da Luz: R$ 5. Ingr. p/ eventbrite.com.br.  

 

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