Mesmo com seleção pobre, curtas portugueses representam o país

Para um país pobre e com uma produção média de dez longas por ano, Portugal não tem o que reclamar da representação que chega à Mostra.

Alguns filmes merecem desde já atenção, a maior parte deles curtas, a começar por "E Agora? Lembras-me...", de Joaquim Pinto, um documentário sobre a vivência pessoal do diretor de um tratamento contra hepatite C. O filme saiu do Festival de Locarno com dois prêmios. Nada pouco para um documentário com assunto não muito sexy, digamos assim.

Em outro documentário, "O Fantasma do Novais", Margarida Gil traça a biografia de Novais Teixeira. Gil sustenta que Portugal é um país sem memória (como nós pensamos de nós mesmos, no Brasil) e seu filme é uma tentativa de resgatar essa figura importante do cenário cinematográfico em língua portuguesa.

Crédito: Divulgação Cena de "Redemption", curta dirigido por Miguel Gomes que integra seleção de filmes lusitanos da Mostra de Cinema

Como o exílio é bem presente na mitologia portuguesa, um filme a calhar é "A Gaiola Dourada", coprodução de Ruben Alves, um filho de emigrantes portugueses que trata, precisamente, de portugueses no exílio.

No setor de curtas, o primeiro destaque é "Redemption", de Miguel Gomes, que acompanha quatro personagens. Outro filme a reter é "O Facínora", de Paulo Abreu, também relacionado a Guimarães.

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