Anderson Muller e Raoni Carneiro passam toda a peça "Maratona de Nova York" correndo. Às vezes mais rápido, em outras devagar, mas a história toda se passa enquanto os dois personagens treinam para participar da maratona, e, durante o percurso, conversam sobre momentos importantes de suas vidas.
Escrita pelo italiano Edoardo Erba, a peça é inédita no Brasil e está em cartaz aos fins de semana no Cacilda Becker (zona oeste de São Paulo), com ingressos a R$ 20.
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A ideia de produzir o espetáculo foi de Anderson Muller, há três anos. "Amo correr e sou apaixonado pela minha profissão, e estou juntando os dois em um só momento da minha vida", conta ao "Guia". Já Raoni, para aguentar o esforço e evitar lesões, parou até de jogar futebol. "Não poderia expor o corpo a isso", conta.
De forma divertida e emocionante, "Maratona de Nova York", que tem direção de Bel Kutner, surpreende no final e faz com que cada um imagine a história de uma maneira.
Abaixo, leia entrevista com os atores da peça.
ENTREVISTA COM ANDERSON MULLER
Guia Folha - Você passou três anos até conseguir produzir essa peça. O que ela tem que te faz sentir que vale a pena apresentá-la ao público?
Anderson Muller - Ela tem superação, e isso é importante na vida da gente, no nosso dia a dia. Sempre achei que, para se montar um espetáculo, temos que "tocar" no público pela identificação e também pela verdade dos personagens. "Maratona de NY" é um texto com dois personagens com muita verdade, e o público vai se identificar com essa história contada de uma forma muito divertida e emocionante.
Correr é bom pra organizar os pensamentos? Correr mudou a sua vida?
Acho, sim, que correr é um bom momento pra pensar na vida e principalmente pra gente viver a vida de maneira melhor. Eu corro há 25 anos, amo correr e sou apaixonado pela minha profissão, e estou juntando os dois em um só momento da minha vida. E, é claro, estou muito feliz.
ENTREVISTA COM RAONI CARNEIRO
Guia Folha - Ficou com medo do cansaço físico que a peça causaria?
Raoni Carneiro - Não fiquei com medo, mas, sim, muito preocupado. Parei de jogar futebol e fazer esportes que possam provocar lesões, pois não poderia expor o corpo a isso. E eu estava precisando de férias e não as tive. Acabei a novela ["Aquele Beijo"] e entrei direto nesse trabalho. Confesso que o corpo deu uma sentida! Mas deu tudo certo.
O que mais te impressionou quando leu o texto pela primeira vez?
O jogo que o autor cria entre os personagens utilizando apenas o diálogo --que é preciso, acessível a nosso universo. Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de não fechar a ideia no espetáculo. O texto é conduzido de tal maneira que cada pessoa conclui o final da peça de acordo com seu entendimento, e isso é nobre.
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