A história da peça "Maravilhoso", que estreia neste sábado (dia 1º) no Sesc Belenzinho (zona leste de São Paulo), começa com a dor de Henrique após a morte da mãe. Ele pensa em se matar e colocar um fim em tudo, até porque, além da tristeza do enterro, se vê pressionado a conseguir emprego para sustentar sua mulher Wanda e seu filho pequeno.
Logo arranja uma função como assistente de um bicheiro famoso, que é presidente de uma das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro. Parece perfeito, mas o trabalho revela o lado obscuro do Carnaval, a corrupção e as relações promíscuas, enfim, uma podridão com a qual ele terá que compactuar caso queira continuar ganhando dinheiro.
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O ator Paulo Verlings, idealizador do projeto, é quem faz Henrique (cujo apelido é Maravilhoso). Márcio Machado interpreta o bicheiro gay, Carolina Pismel é a mulher de Henrique, Debora Lamm dá vida a uma garota que almeja desfilar num carro alegórico e Felipe Abib, que faz o Jeremias no filme recém-lançado "Faroeste Caboclo", é um jornalista que busca escancarar as falcatruas do Carnaval na imprensa.
Com dramaturgia de Diogo Liberano e direção de Inez Viana, a peça usou como referência a tragédia "Fausto", de Goethe, para falar sobre esse homem sem perspectivas que acaba se envolvendo em um mundo bem diferente do seu, onde o dinheiro e o poder reinam.
O cenário, assinado por Luiz Henrique Sá, conta com vigas de ferro, andaimes, escadas e passarelas, reforçando a característica instável das personagens e o perigo iminente que os rodeia a todo momento.
A peça "Maravilhoso" fica em cartaz em São Paulo até 30 de junho, com sessões às sextas, aos sábados e aos domingos, com ingressos que custam de R$ 6 a R$ 24.
23h00
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