Eles são uma tradição de São Paulo —e o Cinesesc foi eleito o melhor deles.
Queridinha pela comunidade cinéfila, a sala pertencente ao Sesc foi eleita a campeã entre os cinemas de rua paulistanos na avaliação do Guia. É a estreia dessa categoria no ranking, que visita todos os complexos da cidade.
De 2009 a 2020, um troféu similar era dado às chamadas salas especiais, que levava em consideração os endereços de rua e também os exibidores localizados dentro de espaços culturais. Nessa antiga divisão, o Cinesesc foi dez vezes vencedor.
Localizado na altura do número 2.075 da rua Augusta, o espaço competiu com outros sete endereços, muitos deles também importantes para a turma entendida na sétima arte, como o Petra Belas Artes e o Reserva Cultural, ambos nas redondezas. O Cinesesc venceu ainda na categoria de melhor acessibilidade.
A sala, inaugurada em 1979, tem como destaque a programação, que prioriza títulos cults, alguns fortes candidatos na disputa pelo Oscar. Mas não só. Há mostras, como as tradicionais Retrospectiva do Cinema Brasileiro e Festival Sesc Melhores Filmes, e exibições de obras que integram o lineup de festivais como a Mostra Internacional de Cinema, o Mix Brasil e o In-Edit.
O endereço oferece ainda cursos sobre cinema e, desde o início da pandemia de Covid-19, migrou sua curadoria para o online, com produções disponíveis na plataforma gratuita Sesc Digital. Mesmo com a reabertura presencial, o programa Cinema em Casa continua no streaming, com novos títulos exibidos a cada semana.
Mas como nem só de programação afinada vive um bom cinema, há alguns anos o Cinesesc vem investindo mais em conforto e quesitos técnicos, melhorando a qualidade da projeção e do som. Com uma tela de 16 metros de largura por oito metros de altura, a sala abriga 279 lugares, poltronas confortáveis e som Dolby Digital 7.1.
Além do escurinho do cinema, há ainda um charmoso bar —fechado desde o início da pandemia, mas já com dia certo para voltar a funcionar: em 7 de abril, com a 48ª edição do festival Sesc Melhores Filmes.
O saguão costuma ser um ponto de encontro para bater um papo com os amigos, encontrar conhecidos e tomar um cafezinho antes ou depois da sessão.
Atualmente, para evitar aglomerações, os sofás que ficavam nas laterais do ambiente foram retirados e as mesas da cafeteria estão dispostas mais distantes umas das outras.
A bonbonnière, diga-se, sempre foi um atrativo por ali. O cardápio é diminuto, mas traz opções gostosas e em conta, como salgados e bebidas. A combinação de uma porção de mini pães de queijo com um chocolate pequeno, por exemplo, custa R$ 9.
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