Os mares de prédios da Vila Madalena e de Pinheiros ganharam novos pontos coloridos nas últimas semanas. Desde o dia 15 de outubro, artistas brasileiros e estrangeiros pintam as laterais de 13 edifícios e lançam seus sprays e latas de tinta sobre suas empenas, como são chamados aqueles paredões sem janelas.
A iniciativa é da terceira edição do festival NaLata com realização da agência InHaus, programação de arte urbana que já finalizou cinco das novas intervenções na região oeste de São Paulo.
Até a segunda semana de novembro, artes de outros grafiteiros vão fazer parte do museu a céu aberto que se tornou a capital. Entre eles, há nomes de peso como os brasileiros Speto, Alex Hornest, Filipe Grimaldi e Apolo Torres, além de artistas novos, como Manuela Navas e Éder Oliveira.
O argentino Pastel FD é um dos que já finalizaram suas obras. O estilo que explora elementos naturais em contraste com o concreto das cidades trouxe flores e frutas para a avenida Faria Lima.
Na mesma via, a cerca de 600 metros, o também argentino Felipe Pantone brinca com a colisão entre o passado analógico e o futuro digital, numa colisão de cores. Em sua empena geométrica e abstrata, ele explora as percepções de luz e cor do público.
Já a obra da carioca Panmela Castro é parte de uma série que também está exposta na 13ª Bienal do Mercosul, em cartaz até 20 de novembro em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Com inspirações no funk e nas pichações, a instalação "Amor Vandal" está localizada na rua Guaicuí.
Com um estilo que utiliza formas geométricas e cores vibrantes, o brasileiro Arlin Graff finalizou sua obra na rua Pedroso de Morais, onde agora uma onça-pintada toma um dos prédios. Além do clima de "Pantanal", o mesmo edifício recebe também um trabalho de Manuela Navas, artista visual que utiliza técnicas de xilogravura.
Além da região oeste da cidade, a França também vai receber um 14º grafite. O autor é o brasileiro Thiago Nevs, que fará um painel em Biarritz, na primeira incursão internacional do festival.
As outras duas edições do NaLata ocorreram durante o isolamento causado pela pandemia de Covid-19. Neste ano, com a retomada das atividades presenciais, o festival também realiza eventos em um espaço próprio.
A Casa NaLata sedia workshops e encontros que unem música, arte urbana e drinques. Nesta sexta-feira (4), por exemplo, o local recebe o público para uma happy hour com DJs. A entrada é gratuita.
10h13
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