"Branca de Neve e os Sete Anões" anuncia ares de superprodução, com projeção de imagens em 3D, troca-troca de cenário e efeito de neve na plateia, mas tem números musicais sem brilho e um tanto arrastados. A peça fica em cartaz no Teatro Bradesco (zona oeste de São Paulo) até 8/2. Os ingressos custam de R$ 40 a R$ 175.
Na direção do italiano Billy Bond ("O Mágico de Oz" e "Pinocchio, o Musical"), a montagem segue o enredo clássico do conto dos irmãos Grimm, com poucas alterações. Visualmente, pouco foge ao que já foi disseminado pelos estúdios Disney.
O elenco —40 atores, segundo a produção— carece de destaques. Branca de Neve é doce (e sem carisma); a vilã, geralmente um trunfo, não empolga; o príncipe encantado desafina em canções que derrapam nos clichês. As imagens em 3D projetadas no telão ficam como o diferencial da montagem e garantem dinamismo nas passagens entre as cenas, que têm a faxina na casa dos anões como número musical mais inventivo.
As crianças parecem encantadas com a linda princesa e até com o excesso de efeitos de gelo seco no palco e bolhas de sabão na plateia. Mas só isso não basta para garantir um bom espetáculo.
Avaliação: regular.
Indicação do "Guia": a partir de 4 anos.
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